O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, nesta quarta-feira, 12, o fim do fenômeno climático El Niño. Ele se caracteriza pelo notável aquecimento das águas do Oceano Pacífico equatorial e tem impacto no clima da Terra.
No Brasil, o clima seco no Norte e no Nordeste e o aumento das chuvas no Sul, que, neste ano, provocaram as enchentes no RS, são os principais efeitos do fenômeno. Ondas fortes de calor também têm no El Niño a sua justificativa.
Porém, outro fenômeno climático deve surgir ainda neste ano, o La Niña, que tem efeito exatamente oposto do El Niño. Ao invés de aumentar, ele diminui a temperatura das águas do Pacífico.
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Segundo o Inmet, projeções do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Clima e Sociedade, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), mostram que o La Niña tem 69% de probabilidade de se formar até setembro. Entre outubro e janeiro, a chance de ocorrência dispara para quase 90%.
Efeitos do La Niña no Brasil mudam o clima
Agora, a tendência é de chuvas acima da média em áreas das regiões Norte e Nordeste do Brasil e abaixo da média na Região Centro-Sul, a partir da confirmação do fenômeno climático La Niña. Porém, especialistas afirmam que ainda é cedo para tentar prever a intensidade do fenômeno neste ano.
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O pantanal brasileiro, no Estado de Mato Grosso do Sul, é um dos biomas que mais sofrem com o La Niña. As secas intensas e incêndios florestais costumam aparecer na região, especialmente em situação de secas da bacia do Rio Paraguai. Além das secas, as regiões mais ao sul também registra temperaturas muito baixas e, em alguns casos, neve.
Moro no centro – oeste há quase 1 século e nada mudou por aqui. Maio a agosto seca e temperaturas mais baixas. Setembro a abril, chuva e temperaturas mais altas. Fora disso é conversa fiada.