Depois de pousarem na Base Aérea de Brasília, na madrugada desta quarta-feira, 11, os brasileiros repatriados de Israel relataram como foi sobreviver aos ataques do grupo terrorista Hamas nos últimos dias.
Além disso, os cidadãos aproveitaram a ocasião para expressar o alívio de estarem em solo brasileiro novamente. Ao todo, 221 brasileiros chegaram à capital federal por meio de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Quando o bombardeio começou, estávamos no norte, na região da Galileia”, contou o mineiro Valdir Alves Reis. “Foi assustador, muito pânico… Estávamos em uma região que poderia ser a próxima atacada. Foi muito tenso. O nosso grupo tinha 60 pessoas, ninguém se feriu graças a Deus.”
Das 60 pessoas que estavam com Reis, apenas três ficaram em Israel, pois tinham dupla nacionalidade. Contudo, eles devem retornar ao Brasil nos próximos voos da FAB que devem pousar no Brasil nos próximos dias.
“Esses últimos dias foram terríveis”, continuou o mineiro, que disse ir para Israel todos os anos. “Queremos louvar a Deus pelo governo federal.”
Um casal de brasileiros que mora em Nova York contou a jornalistas que, apesar do pânico devido aos bombardeios, desde o início, tinham “ciência de que estavam seguros”.
“Enfrentamos mais uma batalha, ou melhor, saímos dela”, contou Josué Evangelista. “Ficamos dois dias só rezando e esperando a hora de embarcar e vir para o Brasil de volta. Estamos em um momento de alegria.”
Sua mulher, Lucina Evangelista, relatou que a FAB deu “apoio total” aos repatriados. Já a coordenadora pedagógica Eliane Mota, de 56 anos, liderava uma excursão de pessoas idosas para Israel.
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A mulher, que ficou dez dias no país, disse que seu maior desejo era tirar o grupo do local. “Fizemos uma força de trabalho”, relatou. “A FAB tem que continuar. Tem mais de 2 mil brasileiros lá. É guerra, mas temos a esperança de paz.”
Eliane contou que o momento que mais teve medo foi quando estava com a equipe no segundo bombardeio, já nas estradas de Jerusalém.
“Estávamos indo para o jardim do túmulo, e, chegando ao bairro, fomos bombardeados”, explicou. “Não tinha bunker, tivemos que nos jogar no chão. Fomos correndo para o jardim do túmulo e resgatamos a equipe. O Hamas nos pegou de surpresa. O Hamas tem que ser detido.”
Brasileiros repatriados pousaram em Brasília na madrugada
A aeronave que trouxe os 211 brasileiros havia pousado em Tel-Aviv, em Israel, às 9h41 da terça-feira 10, tendo deixado o país às 14h12 (horário de Brasília).
Antes, o avião havia feito escala em Roma, na Itália. A primeira brasileira a descer da aeronave levantou uma bandeira do Brasil.
De acordo com a FAB, depois do pouso, os brasileiros repatriados vão tomar café da manhã, vão reconhecer as bagagens e serão direcionados para a área doméstica de desembarque do Aeroporto Internacional de Brasília para encontrar seus familiares.
A área de desembarque doméstico do aeroporto está cheia de familiares dos brasileiros repatriados. As famílias seguram cartazes de boas-vindas e buques de flores.
Os passageiros com destino ao Rio de Janeiro vão ser transportados em duas aeronaves da Força Aérea, um KC-390 Millennium e C-99, até um posto da Base Aérea do Galeão.
Já os brasileiros repatriados, que vão de Brasília para outros destinos, partem com a Azul. O governo federal firmou uma parceria com a companhia aérea.
Os 211 fazem parte de um grupo de mais de 2,5 mil pessoas que estão em Israel e de 50 que estão na Faixa de Gaza. Todos solicitaram ao Itamaraty o retorno para casa.
Desde o sábado 7, iniciou-se uma guerra entre o Hamas e Israel, depois dos ataques armados e dos disparos de mísseis do grupo terrorista. Hoje, a guerra chega em seu quinto dia. Trata-se do maior conflito na região em cerca de 50 anos.
E bom esses repatriados ficarem sabendo que o governo do PT e seus aliados são favoráveis ao grupo terrorista Hamas e críticos de Israel sem reconhecer que esses mercenários sanguinários que protagonizaram essa violência sem limites não representam a Palestina.