Cientistas brasileiros descobriram uma nova espécie de sapo no Parque Estadual da Serra Negra, em Itamarandiba, em Minas Gerais.
Batizada Crossodactylodes serranegra, a espécie tinha sido encontrada no topo de uma montanha da Serra do Espinhaço e que, acredita-se, viva apenas naquela região.
O estudo foi publicada na revista Herpetologica, em 28 de junho, e realizado entre pesquisadores do Instituto de Biociências da Unesp Rio Claro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade de Kent, no Reino Unido, e do Instituto Biotrópicos.
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O corpo do sapo tem uma coloração marrom claro e os dedos do animal são alaranjados. Uma espécie semelhante já havia sido descoberta anteriormente, em 2013, o Crossodactylodes itambe.
Como os pesquisadores brasileiros encontraram o sapo
Os cientistas encontraram o sapo em um trecho da floresta com características que já se sabiam favoráveis à existência de espécies do gênero Crossodactylodes.
O local era caracterizado por ter árvores baixas, arbustos, musgos, líquens e alta densidade de bromélias, além de estar localizado a mais de 1.000 metros de altitude.
A descoberta é importante para o conhecimento da biodiversidade brasileira e também para embasar eventuais ações de conservação.
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“Ao conhecermos melhor a real biodiversidade, através do conhecimento do maior número possível de espécies”, explicou o pesquisador Celio Haddad, um dos autores do estudo. “Podemos investir de forma mais eficiente em programas de conservação das espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção.”
“No caso dos anfíbios, é muito comum que possuam substâncias bioativas em glândulas presentes na pele”, continua Haddad. “Essas substâncias têm se mostrado úteis no desenvolvimento de medicamentos.”
Como todo animal, tem nome cientifico e ganha um nome popular, esta nova espécie poderia ser chamada popularmente de Sapo Dino (apesar de ser magrinho, a papada é similar).