A formação de um novo ciclone extratropical em alto-mar, nas proximidades da costa dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, deve ajudar a intensificar as instabilidades sobre grande parte da Região Sul do Brasil.
O início da primavera — que, aqui no Hemisfério Sul, começou em 23 de setembro — foi marcado por temporais no Estado gaúcho. Em Santa Catarina, porém, a situação foi mais tranquila.
Acúmulo de fatores
O fim do inverno, no Rio Grande do Sul, foi marcado pela confluência de diversos fatores. E, nesse fim de semana, a passagem de uma frente fria, combinada com a dinâmica dos ventos, gerou mais condições favoráveis para a formação de nuvens carregadas.
Na segunda-feira 25, temporais atingiram a metade norte do Estado gaúcho — e também o litoral e região serrana.
O ciclone que se forma a partir desta terça-feira, 26, em virtude de um aprofundamento da baixa pressão, deve reforçar as nuvens de temporais sobre a região. O sistema da tempestades, porém, não se forma sobre o Estado nem atua diretamente ali. Mas é um reforço para a formação dessas zonas de instabilidade — nuvens carregadas, temporais e ventania.
As regiões sul, leste e litoral, além da Grande Porto Alegre e do extremo norte do Rio Grande do Sul, permanecem em alerta. Os meteorologistas informam que a tendência do ciclone é se afastar já a partir da quarta-feira 27.
De acordo com o portal Climatempo, o acumulado de chuvas de somar de 80 a 150 mm na região metropolitana de Porto Alegre, no litoral norte, na serra e nas áreas centrais do Estado. Isso deve ocorrer até a sexta-feira 29.
No sudoeste e no sudeste gaúcho, por sua vez, o acumulado de chuva deve ficar entre 50 e 80 mm. No centro-norte gaúcho, ficará entre 40 a 80 mm.
Alerta para a região serrana de Santa Catarina
Os meteorologistas também alertam para a formação de temporais sobre o Estado de Santa Catarina. As tempestades começaram na segunda-feira 25, com registro de fortes chuvas na capital, no litoral e na região serrana. A partir desta terça-feira, 26, com a formação do ciclone, as nuvens de tempestades serão reforçadas — o que deve deixar parte do leste e sul catarinense em estado de alerta.
Nas demais regiões catarinenses também há risco de temporais. A previsão do tempo indica acumulados de 80 a 120 mm para áreas de Serra de Santa Catarina até quarta-feira 27 de setembro. Os efeitos do ciclone atingem o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Aumento dos ventos
Nas áreas atingidas pelos temporais, esperam-se rajadas de 50 a 70 km/h, o que aumenta o risco de danos. No entanto, com a formação do ciclone, não estão descartadas rajadas de vento de até 80 km/h em áreas isoladas das regiões leste e litoral do Rio Grande do Sul, na faixa leste de Santa Catarina.