Nessa quarta-feira 19, o Nubank anunciou aos seus clientes que decidiu aderir ao programa Desenrola Brasil, medida do governo voltada para a renegociação de dívidas em atraso. Em nota, o banco digital informou: “Após concluir a análise técnica dos requisitos já disponíveis do Desenrola, o Nubank confirma que participará do programa. A instituição dará baixa na negativação das pessoas com dívidas de até R$ 100 e compartilhará mais detalhes de sua adesão conforme avançar no processo”.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os cinco grandes bancos que atendem aos brasileiros — Caixa, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Itaú — já haviam, recentemente, anunciado a adesão ao programa do governo federal. Outras instituições financeiras que atuam no Brasil, como C6, Pan, PagBank, Inter, Daycoval e Banrisul confirmaram que em breve também vão participar.
Os clientes inadimplentes podem contactar os bancos a fim de quitar dívidas adquiridas entre os anos de 2019 e 2022. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou, nessa segunda-feira 17, que o número de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que poderão limpar o nome pode chegar a 2,5 milhões — isso se todos os bancos com clientes no país aderirem ao programa.
Descontos de até 96% das dívidas
Referindo-se ao Nubank, Haddad disse: “Tem um banco só que estava em dúvida se aderia ou não, porque viu pouca vantagem no crédito presumido, e tem 1 milhão de CPFs negativados. Se aderirem todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs desnegativados”. Caso não tenha dívidas de outras origens como lojas, água e luz, o cliente que deve até R$ 100 poderá ter o nome limpo assim que aderir ao Desenrola.
Além do prazo de até dez anos para quitar a dívida, os bancos ofertam descontos de até 96% das dívidas. Por causa da alta procura dos clientes, a Caixa anunciou que abrirá suas agências com uma hora de antecedência na sexta-feira 21. O banco público disse que a procura pela renegociação de dívidas dobrou em seus canais no período de dois dias. O interessado deve ganhar entre dois salários mínimos (R$ 2.640) e R$ 20 mil por mês, e terá prazo de 1 ano para quitar a dívida.
Essa negativação, com certeza tem o objetivo de recuperar alguns milhões de tomadores de emprestimos e reinserí-los na cadeia de consumo. Agora pergunto: Um sujeito que está com o nome sujo na praça por causa de uma dívida de R$ 100,00 (!) tem alguma condição de tomar algum empréstimo? Tem algo de errado nessa estória, com certeza, e eu não sei do que se trata.