Há aproximadamente 70 anos, a família Bettim celebra as festas de fim de ano na Fazenda Floresta e Texas, na zona rural de São Mateus (ES). Entretanto, a perspectiva de serem expulsos do próprio lar trouxe uma carga de angústia para o Natal de 2024. E a virada de ano foi tão triste quanto.
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Essa carga de tormento é fruto de uma decisão da Justiça do Espírito Santo, que deu aos Bettim o prazo até 13 de fevereiro para desocupar a terra — caso não saiam, serão retirados pela polícia. A fazenda é o lar de 16 pessoas, das quais a maioria é composta por crianças e idosos, e fonte de emprego para capixabas aptos a ajudar nas colheitas.
A família foi informada sobre a desapropriação em 18 de dezembro. Viviane Bravim Bettim, mãe de duas crianças, não consegue mais dormir direito desde então. “Estamos sendo pressionados a desocupar a terra antes de uma sentença definitiva”, diz ela a Oeste. “Isso nos coloca em uma situação ainda mais angustiante.”
“O prazo é completamente insuficiente”, conta Viviane. “Não temos tempo nem para concluir nossas atividades na terra de forma digna.” Os Bettim têm na Fazenda Floresta e Texas sua fonte de renda, e os cerca de dois meses estabelecidos pelo governo federal, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), são inviáveis tanto para a devida execução da colheita quanto para a retirada do gado.
Atualmente, a fazenda tem 100 mil pés de café e 500 vacas leiteiras, além do cultivo de pimenta e árvores frutíferas e uma grande parte em reserva. “A produção agrícola e pecuária da nossa propriedade é a única fonte de renda para a nossa família”, conta Viviane, entre lágrimas.
Incra tenta desapropriar a fazenda há 15 anos
Desde 2009 o governo tenta arrancar a fazenda dos Bettim, por meio de um processo judicial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que voltou a ocupar o cargo desde o início de 2023. Segundo Viviane, o processo voltou a tomar força em 2022, “com o Incra buscando a todo custo tomar a nossa propriedade, alegando que ela é improdutiva”.
A Fazenda Floresta e Texas é vizinha do assentamento Zumbi dos Palmares, do Movimento Sem Terra (MST). Nomeada em 2023, a atual diretora de desenvolvimento e consolidação de projetos de assentamentos do Incra, Rose Rodrigues, é militante do MST “há décadas”, de acordo com o site oficial do Partido dos Trabalhadores (PT).
Já o processo contra os Bettim ainda corre na Justiça. Ou seja, não houve sentença, mas mesmo assim a família foi intimada a desocupar a fazenda. “Não sabemos o que vai acontecer”, diz Viviane, em referência à ameaça de expulsão pela polícia. “Mas já estamos sendo tratados como criminosos.”
A família já tentou mostrar ao Incra a realidade da fazenda. “Moram pessoas aqui”, ressalta Viviane. “Tem crianças, nós trabalhamos, é tudo muito comprovado.”
O Incra ofereceu uma indenização pelo imóvel rural — sem chance de acordo. Os R$ 32 mil por alqueire propostos são muito inferiores aos preços atuais de mercado, diz a integrante da família Bettim. “É absolutamente insuficiente para nos reerguermos, tendo em vista que o valor total da propriedade será dividido para todos que vivem em cima da terra”, relata. O montante também não seria pago à vista, mas sim por meio de títulos agrários, cujos valores não podem ser resgatados de imediato.
Diante da falta de alternativas, a família se vê desprotegida e sem poder de ação. O medo de perder todo o patrimônio é patente. “Não temos certeza do nosso futuro, é tudo muito incerto, estacionamos, não podemos investir em nada na terra”, diz Viviane. “A nossa vida, a vida dos meus filhos, de todo mundo que vive aqui, depende muito da terra.”
Se a perda do sustento financeiro preocupa, o sentimento se agrava diante da possibilidade de ter a própria história arrancada. Tanto o marido de Viviane quanto os dois filhos do casal — hoje com seis e dois anos — nasceram e foram criados na Floresta e Texas. A fazenda foi cultivada do zero e passa de pai para filho há três gerações. “Tudo foi cultivado”, lamenta a agricultora. “Tudo foi limpo, e hoje nosso atual cenário é não poder fazer nada.”
O deputado estadual Lucas Polese (PL-ES) apoia publicamente os Bettim. Ele tem feito visitas regulares à Fazenda Floresta e Texas, em uma das quais a família apresentou as escrituras do terreno e comprovantes da venda de seus produtos. O parlamentar espera conseguir reverter judicialmente a desapropriação. “Já conseguimos anular uma ação de desapropriação do PT contra outra família aqui no Estado”, afirmou ele, em uma publicação no Instagram. “Se Deus quiser, a família Bettim será a próxima.”
Viviane Bettim expressa esperança de que outros parlamentares entrem em contato para apoiar a família e diz que a fazenda está aberta para recebê-los. Ela também pede o apoio dos capixabas para pressionar as autoridades a reverterem a decisão judicial.
“Estamos aqui e estamos abertos para receber quem quer que seja, para visitar, olhar, ver que tem lavoura, tem gado, tem tudo”, diz Viviane, para quem o caso da Fazenda Floresta e Texas deveria ser uma luta coletiva. “Se as pessoas se calarem diante da situação, quantas mais famílias Bettins vão existir?”
Que pesadelo! o Brasil está se tornando um país inviável.
MST são apenas invasores(terroristas)
No Brasil não existe mais o respeito às leis e a PROPRIEDADE…
Esse caso vai abrir um precedente que pode desestabilizar o direito à propriedade. Exatamente como o governo de ParasiTas deseja
Essa situação era para ter a OAB, juristas capixabas e outros parlamentares todos lutando para evitar esse descalabro, essa vergonha. Esse é o Brasil que inicia 2025 indo direto para o fundo do poço. Lula e a esquerda são nefastos……olhem qualquer país dominado pela esquerda comunista a situação é a mesma. Sorte da Argentina que conseguiu afastar os nefastos do poder e está conseguindo se levantar enquanto nós estamos caindo.
A família está lá há 70 anos, ninguém contestou a propriedade. A fazenda tem 100 mil pés de café e 500 vacas leiteiras, além do cultivo de pimenta e árvores frutíferas e uma grande parte em reserva, mas está sendo despropriada por ser improdutiva? Primeiro, é uma deslavada mentira. Segundo, em que lei diz que a pessoa perda seus bens por serem improdutivos, e quais são is critérios? Isso é um roubo puro e simples.
O direito a propriedade privada está na constituição. Se a família tem a documentação da fazenda, esse grupo de terroristas do malfadado mst, junto com esse desgoverno, não tem o direito de “infernizar” uma família que está estabelecida a mais de 70 anos no local. É ridículo existir em um país que se diz democrático, um grupo de TERRORISTAS como o mst. Isso tem que acabar.
O Incra sabe que a é produtiva. É exatamente isso que eles querem. A alegação de que são terras improdutivo, e mera desculpa para fazer o errado e que são verdadeiros terroristas. Como a justiça, concorda com uma coisa dessa?
MST invasores terroristas!
Mais um flagrante da “injustiça” brasileira, será que os juízes que aprovam uma desapropriação dessas ao tem um mínimo de bom censo, um mínimo de compaixão pela família que está em seu pleno direito de ficar na sua casa e na terra que transformaram e uma fazenda produtiva a custa de muito suor e trabalho, coisa que esses magistrados não sabem o que quer dizer!
Deve ter rolado muito din din!!!
Jesus… Jesus… onde vamos parar com esse desgoverno? Ditadura à vista
Essa família acabarpa SEM TERRA e o governo terá que arranjar um pedaço desapropriado de outra fazenda como faz o MST…