O filósofo Olavo de Carvalho afirmou nesta terça-feira (28) que Jair Bolsonaro faz uma boa administração e merece ser reeleito, mas criticou o que vê como falta de atitude do chefe do Executivo diante dos ataques de seus adversários. Em uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, Olavo rebateu algumas das críticas que têm recebido de entusiastas do presidente da República.
Durante a transmissão, Olavo disse que vai votar em Bolsonaro em 2022. “Ele um excelente administrador, um homem honesto, nunca roubou nada e está fazendo um bom trabalho.” Mas, em seguida, completou: “A única coisa que ele não faz direito, ou faz pessimamente, é se defender dos inimigos. Isso ele não sabe fazer. Ele só sabe apanhar”.
O filósofo afirmou ainda ter sido responsável pela transformação de Bolsonaro em um candidato competitivo ao Planalto. “O que era o Bolsonaro antes do meu trabalho? Era um cara que todo mundo ria dele. Era um coitado. Só tinha meia dúzia de eleitores e pronto. Ninguém o levava a sério. Depois do meu trabalho, ele virou candidato à Presidência. Você acha o quê? A figura pública do Bolsonaro fui eu que criei.”
A discussão entre apoiadores de Olavo e de Bolsonaro se acentuou nos últimos dias, depois que o filósofo criticou o que vê como falta de ação do presidente diante de ataques de adversários políticos e de instituições como o Supremo Tribunal Federal.
Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, e Allan dos Santos, fundador do Canal Terça Livre, trocaram farpas nas redes sociais. Camargo atacou Olavo e disse que Bolsonaro é o maior nome do conservadorismo brasileiro. Allan dos Santos defendeu o filósofo.
O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República e um dos responsáveis pelas redes sociais do pai, também marcou posição na disputa. Em seu canal no YouTube, ele divulgou um vídeo em que Silvio Grimaldo, uma das figuras mais próximas, afirma que o governo Bolsonaro nada fez pela aprovação do voto impresso para as eleições de 2022. “Cada dia conhecendo melhor essa raça!”, escreveu Carlos Bolsonaro.
Resgatei um tuite antigo do Olavo, que ele fez logo depois de Weintraub chamar os juízes do STF de vagabundos e defender que fossem presos:
“Todos os brasileiros que sofreram humilhações e danos na quarentena inútil têm de processar o STF e os governadores que os submeteram a isso, O lugar desses canalhas é a CADEIA. Não é preciso Art. 142 nenhum. O Código Penal é suficiente.”
Será difícil ver que a proposta tuitada pelo Olavo é absurda, jamais se realizaria? Você vai usar o Judiciário para meter na cadeia os juízes do STF, que é o topo da hierarquia do Judiciário? É fácil ver que a proposta não tem pé nem cabeça. Mas como é que o filósofo Olavo de Carvalho não percebe o absurdo da coisa? Olavo, a quem todos chamam reverencialmente de “professor”, Olavo, que diz que as instituições estão todas tomadas por comunistas, que prega a ruptura precisamente por isso, porque as instituições estão todas contaminadas pelo esquerdismo militante, Olavo não percebe que recorrer a essas mesmas instituições é dar tiro n’água. Ou ele quer isso mesmo? Que as pessoas recorram ao judiciário e se frustrem, porque isso poderia aumentar a massa de manobra para ser usada em uma possível ruptura?
Na live, Olavo disse: “Nunca um presidente teve tanto apoio popular quanto o Bolsonaro no 7 de setembro. E como ele usou essa força? Transformando-a em fraqueza logo no dia seguinte. Chamar isso de “estratégia” é LOUCURA PURA E SIMPLES.”
Vocês já se perguntaram o que precisamente Olavo queria que acontecesse no 7 de setembro? Olavo diz que temos de trazer todo discurso público para a realidade concreta. Pois bem, já tentaram imaginar o que seria a ruptura pregado pelo Olavo? Como se daria essa ruptura? Com a ajuda dos militares? Mas Olavo e seus seguidores insultaram o tempo todo os militares, desde o primeiro dia de governo. Que queriam no 7 de setembro? Que bolsonaro metesse o pé na porta do Supremo? Sem os militares ou com o aval dos militares q eles insultaram? Se isso acontecesse, qual seria a reação do Congresso? Bolsonaro teria que fechar o Congresso também, claro. E a reação da imprensa? Bolsonaro teria que fechar as redações. E a reação internacional? A União Europeia, os EUA iriam reagir a isso, não iriam? O Brasil ficaria isolado do resto do mundo. Talvez não de todos os países, porque China e Rússia não ligam muito pra democracia. Será que, então, para não ficar isolado, o Brasil se aliaria à China e à Rússia?
O que Olavo queria que o presidente tivesse feito em 7 de setembro?
O que Olavo quer que o presidente faça agora?
Muito bom, estou de pleno acordo.
Velho boca suja, pode até ter razões em alguma coisa, sem vc nosso amado presidente seria eleito do mesmo jeito,vc não faz falta nenhuma seu boca suja
Olavo tem razão, difícil num terreno absolutamente minado alguém se movimentar com desenvoltura sem sofrer qualquer escoriação.
Bolsonaro possui todas as qualidades por ele enumeradas, além de uma resiliência e perseverança jamais observada num Presidente da República.
Por muito menos Getúlio deu um tiro em si e Jânio Quadros renunciou.
O ponto nevrálgico é que Bolsonaro não luta apenas contra algo tangível, a concretude do elemento contrário a ele é ideológica, imaterial, habita as mentes doentias e as cabeças dos corruptos.
Daí a dificuldade de Bolsonaro em avançar mais, da complexidade do jogo que vem sendo jogado desde antes da facada.
É necessário perseverança, inteligência, muita força de vontade de patriotismo para continuar no caminho que Bolsonaro se encontra!
A filosofia faz parte da vida, o combate a ideologia é fundamental, mas, para o homem, existem bens materiais que ainda antecedem uma luta mais franca, aberta e voraz contra o mal do marxismo inserido em nossa sociedade!
Depois do fracasso de décadas de esquerdismo, o Brasil está sendo reconstruído por todos os conservadores Olavistas e Bolsonaristas.
Primeiramente, peço alguma tolerância com os erros que eu venha a cometer neste comentário. Não tenho um amplo conhecimento de política, nunca me dediquei à política (apenas como crítico, e a partir de 2013), e não me considero rotulável a não ser como conservador com princípios judaico-cristãos e com tendência liberal. Enfim, um brasileiro típico.
Houve um momento, lá por 2017/2018, em que alguém me rotulou de “olavista”, suspeitando até que fosse eu o próprio Olavo de Carvalho sob um pseudônimo (um “nick”, como diziam os iniciados). Eu nunca tinha ouvido ou lido esse nome. Me confundiram, mas eu entendi e expliquei: “se é um cara conservador, provavelmente pensa mais ou menos como eu”. Pesquisei sobre a figura e achei seu perfil bem interessante. Descobri que ele era considerado uma celebridade, como “filósofo” de direita, com muitos discípulos na elite intelectual e também que era uma pedra no sapato da extrema esquerda. Fiquei surpreso. Até aquele momento, para mim, a “direita brasileira” sequer existia. Mas existia, era bem articulada e tinha uma base filosófica.
Foi essa direita articulada que, de fato, tirou Bolsonaro de sua confortável e medíocre carreira de Deputado Federal pelo Rio de Janeiro e o catapultou para a História. Era um representante, sem concorrentes, de uma minoria conservadora fiel, mas cujas manifestações nem congestionavam a Avenida Atlântica em Copacabana no Rio de Janeiro.
Bolsonaro, para quem não lembra, era dito ser do “baixo clero” do Congresso (a raia miúda). Acostumado a ser ignorado por todo o mundo político nacional, que, num país dominado pela extrema esquerda, não queria ter o desgaste de se aproximar de um (ex)capitão do Exército “disfarçado” de terno e gravata. Mesmo os militares o mantinham a uma distância segura, pelo seu conhecido histórico de rebeldia, e para não se aproximarem da política partidária. Mas, Bolsonaro tinha grande prestígio nos postos inferiores das Forças Armadas e em todos os níveis nas Polícias Militares, particularmente no Rio de Janeiro, e seu exemplo acabou estimulando vários policiais militares a entrarem na política em todo o Brasil, criando um embrião da nova direita partidária brasileira.
As forças da sociedade indignada com a roubalheira da esquerda desde o Mensalão (primeiro governo Lula), ou antes (PSDB de SP), precisavam de um nome para encabeçar a campanha para desalojar a extrema esquerda do poder federal. Aécio Neves, do PSDB (MG) que fingia ser a direita, havia fracassado. Era preciso alguém mais combativo, incontestavelmente oposicionista ao petismo, de couro duro, com experiência política e bom trânsito no meio militar. Os contemporâneso de Bolsonaro na Academia Militar já estavam chegando ao Alto Comando do Exército e isso lhe diminuiria a rejeição nas Forças Armadas. Ele tinha um histórico de quase 30 anos como parlamentar, conhecia bem o “jogo do poder” em Brasília. Era de origem paulista, mas havia adotado a sociedade carioca e, portanto, era bem conhecido no vasto colégio eleitoral representado pelos Estados do Sudeste. Bolsonaro era o candidato natural a essa vaga de líder político da direita, mas, até então, ele era conhecido apenas como defensor do regime de 1964. Lhe faltava um projeto de país atulizado, uma base ideológica sólida para contrapor à ideologia da extrema esquerda, uma base partidária e também apoio de parte das “zelites”. Isso lhe daria um alcance nacional e lhe possibilitaria formar um governo competente que conseguisse sustentar o apoio da sociedade após a eventual vitória em 2018. Foi aí que entrou a turma do Olavo, construindo um discurso teoricamente mais coerente para ser apresentado ao eleitor e fornecendo quadros para o enfrentamento ideológico do aparelho herdado do petismo. Aí entrou também o seu entorno militar (um general para vice), demonstrando prestígio nas Forças Armadas. Só depois da eleição, o ex-juiz Sergio Moro, personificando o combate à corrupção, foi incorporado a esse caldo em ebulição. O resto, como se viu, ficou por conta do carisma que Bolsonaro sempre teve. Construiu-se um mito durante a campanha através das redes sociais, e a tentativa de assassinato deu um empurrãozinho a mais.
Venceu… mas não governou.
A extrema esquerda, com suficiente razão, associou o Bolsonarismo ao conservadorismo de Olavo de Carvalho, mas essa associação foi válida apenas na campanha e no primeiro ano de governo. Não demorou e Bolsonaro começou a mostrar uma base conceitual própria, com vestígios da sua formação militar e voltada para o eleitorado religioso, que é o carro chefe do seu eleitorado. Recorreu ao populismo para fortalecer sua imagem, abandonando aos poucos a influência ideológica do filósofo e seus discípulos. Isso desapontou o próprio Olavo de Carvalho, que, como se sabe, “repudiou o filho” depois de parido. Aos poucos a extrema esquerda demoliu a base olavista do governo Bolsonaro, e Bolsonaro teve que correr para os braços do (famigerado) centrão para conseguir concluir seu primeiro mandato sem um processo de impeachment, e também para conseguir algum apoio no Congresso para cumprir parte de sua agenda. Talvez num segundo mandato as condições “despiorem” e os discípulos do filósofo tenham, novamente, algum espaço no governo.
Para finalizar, considero a atitude do Olavo, de declarar apoio a uma eventual reeleição, algo que se tornará recorrente entre supostos desafetos de Bolsonaro. A primeira foi a (bipolar) Janaina Pascoal. E o motivo para isso é muito simples e foi declarado pelo próprio Olavo: não existe alternativa!
Ou Bolsonaro é reeleito, ou a ditadura da extrema esquerda se consolida e vai ficar por aqui pelas próximas décadas (ou séculos). Caindo o Brasil, cai toda a América Latina e Caribe (vide CELAC).
Não é o momento de dissidências por divergências em questões menores. E, mesmo assim, ainda há a questão das urnas eletrônicas e do sistema de apuração, que só poderá ser enfrentada se houver união.
Pleno acordo, em gênero número e grau. A luta do momento (e o tempo é curto) é não dar espaço ao nine fingers, o ladrão de casaca vermelha.
Disse tudo, sem tirar nem por. Até sobre a bipolaridade da Janaína Paschoal. Parabéns!
Simplesmente perfeito, pois até o bipolar Velloso elogiou.
Acho que isso que Olavo está fazendo, esse tumulto que está provocando nas mídias sociais, é para ganhar uma fatia de poder. Ele e seus seguidores mais próximos não se conformam com a perda de poder da ala ideológica no governo. A queda de Ernesto foi anunciada no house organ do Olavo, o Brasil Sem Medo, como a queda do último verdadeiro conservador do governo. Como, por causa das eleições, logo teremos uma saída de vários integrantes do gov, Olavo e seus acólitos partiram para cima do Bolsonaro para ver se conseguem algum cargo importante para os que eles chamam de verdadeiros conservadores. Não é a primeira vez que Olavo faz isso. Lembram do vídeo do YouTube em que ele ameaçou derrubar o governo?
Ficam se batendo. Acho que realmente isso é ótimo. Vai fazer o Lula e o “CONSÓRCIO” ficarem zonzos. Obviamente não foi Olavo que criou Bolsonaro. Foi Bolsonaro e o Chapéuzinho Vermelho que fizeram o Olavo conhecido. Quem não sabe disso é trouxa. Vai dar tiuti(sic) na cabeça da terrorista Miriam Leitão, coitada. Quem sabe bem disso é o Reinaldo Azevedo, o chapéuzinho vermelho.