A Polícia Federal (PF) cumpriu 12 mandados de busca e apreensão contra o tráfico de drogas e uma organização criminosa. A operação foi deflagrada na segunda-feira 31, na fronteira do Brasil com o Paraguai, mais precisamente nos municípios de Ponta Porã e Pinhalzinho, em Mato Grosso do Sul.
Segundo a investigação, o grupo criminoso movimentou, com dinheiro do crime organizado, pelo menos R$ 50 milhões em três anos com lojas de roupas, lavanderia e uma lava a jato nas empresas das cidades que fazem fronteira com o Paraguai.
A lavagem de dinheiro era feita da seguinte forma: segundo as investigações, seis pessoas recebiam a quantia do tráfico e faziam compras, geralmente em espécie, nas empresas para tentar parecer que era dinheiro lícito.
Prisões
Um dos alvos da operação é integrante de uma facção criminosa, já condenado a mais de dez anos de prisão e que estava foragido.
De acordo com a PF, o homem é procurado pela Justiça de São Paulo e há 15 anos vive com documentos falsos em Ponta Porã. Ele foi preso em flagrante durante a operação. Outras duas pessoas também foram presas por tráfico internacional de armas.
Objetivo da PF
O principal objetivo da operação é asfixiar economicamente a estrutura criminosa e recuperar ativos de origem ilícita.
Nas primeiras horas de busca, os policiais apreenderam R$ 50 mil em espécie — em cédulas nacionais e estrangeiras, duas armas, munições, documentos e celulares.
Desdobramentos da investigação
A investigação determinou a apreensão de 16 veículos e seis imóveis, além do bloqueio de valores milionários disponíveis em 11 contas bancárias e a suspensão da atividade empresarial de quatro pessoas jurídicas usadas para a prática de branqueamento de capitais.
Conforme apuração da CNN, as investigações vão prosseguir. Os policiais acreditam que novos elementos vão ser analisados para alcançar outros integrantes do grupo na próxima fase da operação.