A Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais advertiu que a barragem da Vale chamada Xingu, na mina Alegria, em Mariana (MG), corre “grave e iminente risco de ruptura por liquefação”. Interditada desde março de 2020 pela Agência Nacional de Mineração, a estrutura não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos. Contudo, alguns trabalhadores ainda desempenhavam atividades no local, o que motivou a ação dos fiscais do órgão trabalhista.
“A análise dos documentos apresentados pela própria empresa revela que a barragem Xingu não apresenta condições de estabilidade, com alguns fatores de segurança para situações não drenadas inferiores a 1,0, oferecendo risco significativo e iminente de ruptura”, informou a superintendência, em nota publicada na quarta-feira 9. A entidade acrescentou que se trata de situação de extrema gravidade que põe em risco os trabalhadores e a população local, que já sofreu com outras tragédias.
“Como a disposição de material no reservatório não era controlada, é possível que tenha corrido o lançamento de camadas de material mais granular intercalado de camadas de material fino (pouco drenante), criando, o que foi chamado na barragem B1 de Córrego do Feijão, lençóis freáticos empoleirados. Tal situação aumenta a pressão no barramento e pode explicar os elevados níveis piezométricos medidos na estrutura, mesmo com um reservatório seco”, concluiu a denúncia.
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Caramba. E o que fazer?