Escritor morto em 1997 é mencionado por profissional do jornal paulistano, que tenta defender conteúdo publicado por Hélio Schwartsman
Publicado na última terça-feira, 7, o artigo “Por que torço para que Bolsonaro morra“, assinado por Hélio Schwartsman, voltou à discussão na Folha de S.Paulo. A ombudsman do jornal paulistano, profissional responsável pelo trabalho de “ouvidoria”, analisou o texto na edição de ontem, domingo 12.
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No decorrer de seu texto, Flávia Lima, a ombudsman da Folha, chega tecer críticas ao texto. Afirma, por exemplo, que Schwartsman “reagiu com o fígado”. Nesse sentido, garante que o texto do colunista “parece contribuir pouco para o debate” e que, além disso, “apresenta uma abordagem simplificadora”.
Em linhas gerais, no entanto, a ombudsman defende o articulista e o jornal, que decidiu publicar o texto e não pediu desculpas ao presidente da República. Valoriza o fato de Schwartsman colaborar para a Folha de S.Paulo há mais de 30 anos. Para ela, o colunista é um “repositório da isenção científica”.
Histórico polêmico
Ainda no sentido de defender seu colega de jornal, Flávia Lima crava que Schwartsman não cometeu crime algum. Nesse ponto, ela respondeu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que pediu, com base na Lei de Segurança Nacional, para a Polícia Federal abrir inquérito contra o jornalista.
“Schwartsman pode ter sido imprudente, mal-educado, imoral ou amoral. Mas não cometeu um crime”, define a ombudsman.
Defendendo a publicação do artigo, Flávia sustenta que o jornal tem histórico de abrir espaço para conteúdos considerados polêmicos. “A Folha tem um histórico longo de colunistas cuja característica mais marcante é a provocação”, escreve. Como exemplo, ela cita Paulo Francis (1930-1997), a quem define como “agressivo”.
Escritor que morreu em fevereiro de 1997, aos 66 anos, Paulo Francis foi colaborador da Folha e de outros veículos de comunicação brasileiros. Para chamá-lo de “agressivo”, a ombudsman não relembrou nenhum conteúdo publicado por ele. Também não comenta se ele, assim como ao menos um outro profissional da mídia, chegou a torcer publicamente pela morte de alguém.
Folha que vergo ha: justificar palavras odiosas dd um aryivulista seu dessa fkrma. Ate o contexto e outroa e palavra se tornaram sensivei np mu do atual ma que eu saiba fdancis nu ca propos matar o.lresidentw e se o tivesse feito, esta errado. Imprensa não pode tudo. Liberta de de expressão não é pregar o assassinato do presidente do.pais. Não queiram defender o indefensável
Parei de ler em Folha.
É lamentável no que se transformou o jornalismo no Brasil. Temos bons jornalistas, alguns ainda jovens, mas tá difícil. A turma mais nova e alguns tiozões e tiazonas parecem mais militantes de esquerda que, inclusive, gostam de se referir à determinados colegas como blogueiros com a intenção de desqualifica-los.
A Foice fala pra si e de si própria…
Comparar aquela figura abjeta com Francis é uma piada – só a Foice de SP mesmo.
Estamos em épocas de contradições gritantes. Assisti um comercial da FSP num canal fechado dizendo que luta pela democracia. Ora, um jornal que apoia gente que defende ditaduras sanguinárias tem a cara de pau de dizer que defende a democracia…
A bolha não se emenda