Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, quis voltar da aposentadoria para ajudar a Seleção Brasileira na Copa do México, em 1986. Em entrevista naquele ano, o Atleta do Século revelou que se ofereceu para jogar o torneio. Contudo, a oferta foi recusada pelo então técnico da Amarelinha, Telê Santana.
Na época, o Rei tinha 45 anos. Caso tivesse sido convocado, interromperia nove anos de aposentadoria. Ele voltaria a disputar uma Copa depois de 16 anos. Em 1970, também no México, Pelé sagrou-se tricampeão mundial. Ainda jogou as Copas de 1958, 1962 e 1966, conquistando a taça nas duas primeiras.
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Na época, o Atleta do Século demonstrou certo incômodo por não ter sido atendido. Ressaltou, contudo, que a volta ao futebol seria, “talvez, uma das maiores besteiras” que ele teria feito em sua vida.
Pelé havia se oferecido para voltar à Seleção porque, na época, Telê estava com problemas para escalar a equipe. Muitos jogadores estavam lesionados, outros foram cortados por indisciplina. A Amarelinha não contou com o zagueiro Mozer, com o lateral Leandro, com o volante Toninho Cerezo e com o atacante Renato Gaúcho.
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“O que Pelé poderia ganhar mais voltando?”, perguntou o Rei, na ocasião. “Nada, né? Não temos um conjunto, não temos uma Seleção jogando o futebol que a gente achava ideal. Uma semana atrás, quando foi feita a proposta, eu teria, sei lá, 25 dias para treinar. Acho que daria para ajudar o Brasil.”
Ele deveria ter jogado em 1974, ainda estava em forma como demonstrou no Kosmos.
Em uma partida em comemoração dos seus 50 anos em 1990, Pelé jogou absolutamente muito, lógico que jogou uns 30 minutos de jogo, mas com muita excelência.