Desde o início do mês, a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul relatou a detenção de pelo menos 60 pessoas envolvidas em crimes como assaltos e saques em meio à catástrofe. As ações foram realizadas pela Brigada Militar e pela Polícia Civil.
O Rio Grande do Sul enfrenta um crescimento da criminalidade durante o período de intensas chuvas que devastaram o Estado.
Até agora, mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pela força das águas, com 532 mil desalojados e 81 mil abrigados. O Estado já registra 143 mortes, 806 feridos e 131 desaparecidos.
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Crimes em áreas afetadas
A vulnerabilidade causada pela situação tem sido explorada por criminosos. Neste sábado, 11, em Esteio, a 24 quilômetros de Porto Alegre, a Brigada Militar prendeu cinco indivíduos por furtarem bens de um comércio em uma área alagada.
Em outra operação, a Polícia Civil localizou um depósito em Porto Alegre que armazenava itens roubados de residências e lojas durante as enchentes.
Moradores de Canoas, na região metropolitana da capital, relataram ao jornal Estadão roubos dos barcos usados em resgates para saquear casas inundadas.
Foram reportados também arrombamentos e assaltos em outras localidades, como Eldorado e Arroio do Meio.
“Assaltantes aproveitaram o momento em que as forças policiais estavam concentradas no resgate e salvamento de vidas para cometer esses crimes”, disse o subcomandante da Brigada Militar, Coronel Douglas. “Tivemos que definir prioridades, pois estávamos salvando vidas.”
Medidas de segurança
Na quinta-feira 9, seis pessoas foram detidas sob suspeita de cometer crimes sexuais em abrigos para desabrigados. Um desses crimes, um estupro de vulnerável, ocorreu em Viamão, e o acusado já está preso preventivamente.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ordenou à Força Nacional de Segurança Pública que enviasse equipes para o Rio Grande do Sul. Espera-se que o efetivo alcance 300 membros até a próxima semana.
Além disso, Estados como Paraná, Santa Catarina e São Paulo estão ajudando as forças de segurança gaúchas, tanto nos resgates quanto no policiamento de áreas e abrigos afetados. Agentes da Polícia Federal também estão envolvidos nas operações.
A pena para estes ladrões deveria ser triplicada.
Roubo numa calamidade pública deveria ser inafiançável.