Na manhã desta quarta-feira, 29, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação na Avenida Faria Lima, em São Paulo, para desmantelar uma esquema de pirâmide financeira que envolve arbitragem de criptomoedas.
Em São Paulo, os policiais estiveram na sede da gestora Titanium Asset, que atua com fundos regulados de criptoativos. Também houve mandatos em outras três cidades: Balneário Camboriú (SC), Palhoça (SC) e Curitiba (PR).
A gestora nega envolvimento no caso e argumenta que não foi alvo direto da operação, uma vez que os policiais não fizeram nenhuma apreensão.
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“A Titanium Asset esclarece que a empresa não está envolvida e ainda não tem informações detalhadas do procedimento investigativo que motivou a operação”, informou, em nota, segundo o jornal Valor Econômico.
De acordo com a Titanium, a operação envolveu empresas que não fazem parte do mesmo grupo econômico, além de possuírem atuações distintas.
“A empresa é a maior interessada em esclarecer todos os pontos e não medirá esforços para colaborar com as autoridades no que for necessário”, comunicou a empresa.
Os detalhes da operação da PF contra a pirâmide financeira de criptomoedas
A PF informa que já cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 11 medidas cautelares — duas com monitoramento por tornozeleira, contra 12 pessoas físicas e mais de 50 empresas.
Batizada de Ouranós, a operação determinou o bloqueio e o sequestro de R$ 400 milhões em bens: 473 imóveis, dez embarcações, uma aeronave, 40 veículos de luxo, mais de cem contas bancárias e três fundos de investimento.
Segundo os policiais, uma distribuidora de títulos e valores mobiliários chegou a captar mais de R$ 1 bilhão de quase 7 mil investidores, localizados em 17 Estados do Brasil e também no exterior.
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O esquema seria feito por meio de oferta pública de contratos de investimento coletivos. Esses contratos previam uma suposta arbitragem com criptomoedas, remunerações fixas e variáveis, sem controle, registro ou autorização dos órgãos competentes.
“A partir dessa captação bilionária, os recursos transitaram em várias contas de passagem, de diversas empresas, por meio de blindagem patrimonial, visando a esvaziar o patrimônio da instituição financeira clandestina”, informou a PF.
A Polícia Federal comunicou que “o rastreamento dos recursos ilícitos mostrou que os investigados realizavam ‘centrifugação de dinheiro’, sistema esse em que são utilizados vários níveis em contas de passagem, com fracionamento de transferências bancárias”.
Golpe da pirâmide existe a mais de 50 anos, assim como o bilhete premiado, esse povo acha que são procurados para ganhar dinheiro fácil?…. tem mesmo que se lascarem.