A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 4, a Operação Cristo Rey, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa dedicada à prática de crimes de promoção de migração ilegal aos Estados Unidos.
Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Barra de São Francisco, no Espírito Santos, e um outro na cidade de Central de Minas, em Minas Gerais. O principal investigado nesta operação teve que entregar seu passaporte aos policiais.
Entenda o caso
Em meados do ano passado, a Polícia Federal recebeu a notícia de que haveria uma agência de viagens no município de Barra de São Francisco que atuaria como intermediária entre pessoas interessadas em imigrar para os Estados Unidos e “coiotes” que atravessariam ilegalmente essas pessoas na fronteira do México.
Os valores cobrados girariam em torno da quantia de US$ 25 mil (R$ 130 mil) e cobririam todo o processo de movimentação migratória, incluindo a confecção e retirada de passaporte em São Paulo, passagens com embarque e chegada aos Estados Unidos.
Chamou à atenção dos investigadores a existência de advogados americanos contratados para atuarem nos processos dos migrantes eventualmente detidos e das possibilidades de manipulação das regras migratórias americanas para facilitar a entrada no país.
Espírito Santos é o terceiro Estado em número de migrantes ilegais
O número de brasileiros tentando ingressar ilegalmente nos Estados Unidos disparou em 2021.
Estima-se que 150 brasileiros foram detidos diariamente pelas agências policiais americanas no ano passado, chegando a quase 5 mil por mês.
No ano fiscal norte-americano de 2018, foram documentadas 1,5 mil apreensões de brasileiros que ingressaram ilegalmente no país.
Com a flexibilização das restrições, no ano fiscal de 2021, foi registrado o recorde de apreensões de brasileiros, contabilizando no mês de setembro, o assustador número de 78 mil pessoas.
Os capixabas compõem o terceiro maior grupo nesse universo de detidos, atrás somente dos Estados de Minas Gerais e Rondônia.
Crimes investigados
Os investigados poderão responder pela prática do delito de promoção de migração ilegal, associação criminosa e fabricação de selo ou sinal público, podendo a pena chegar a 14 anos de reclusão.
Dificil entender… a pessoa paga 130 mil, o que daria pra abrir um bom negócio lícito no Brasil, pra entrar ilegalmente nos EUA, viver foragido, ser humilhado, trabalhar sendo explorado em sub-empregos… é um escolha muito “inteligente” mesmo.