O promotor de Justiça Lincoln Gakiya alertou o senador Sergio Moro (União-PR) sobre o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) de matar o parlamentar.
Gakiya comentou a perspectiva sobre a ameaça de sequestro e possível assassinato contra o ex-juiz da Operação Lava Jato em entrevista à revista Veja, divulgada na sexta-feira 29.
A observação alarmante de Gakiya não denota que Moro está completamente livre de perigo. Apesar das providências que salvaram sua vida anteriormente, a incerteza permanece por conta da imprevisibilidade dos criminosos.
No início do ano, foi descoberto um plano da facção para assassinar Moro. Nesse caso, Gakiya foi um dos primeiros a alertar o senador. Segundo o promotor, o PCC não tem pressa para executar seus alvos.
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“O PCC ‘tem todo o tempo do mundo'”, adverte Gakiya. “Não creio que Moro esteja livre de qualquer risco. O senador teve a vida salva, mas ninguém pode prever o que esses criminosos são capazes de fazer.”
Motivo para o ataque
A razão para Sergio Moro se tornar alvo dos criminosos, de acordo com o promotor, se baseia na estratégia do PCC. Segundo Lincoln, a facção criminosa possui dois planos a serem executados.
“O plano A é o resgate do Marcola a qualquer preço, demonstrando que teriam o poder de não se subjugar ao Estado”, explica o promotor. “O plano B são ataques e sequestros de autoridades pelo país. Moro é uma delas. Pelo que os relatórios de inteligência diziam, a insatisfação com o senador é porque, quando ministro da Justiça, ele proibiu visitas íntimas do sistema penitenciário federal. A revolta não é pela proibição de sexo ou de ver a família, mas porque impede as ordens deles de circularem.”
Gostei dessa parte de autoridades!!!