A Polícia Militar afastou, de forma temporária, os agentes que faziam a escolta de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, o empresário rival do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), nesta última sexta-feira, 22.
Segundo o portal Metrópoles, quatro militares que integravam a equipe de segurança privada do empresário morto em no aeroporto de Guarulhos. A Secretaria de Segurança Pública declarou que a participação dos policiais será investigada pelas corregedorias das polícias Civil e Militar.
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Ainda nesta sexta-feira os policiais das duas corporações prestaram depoimento à Polícia Civil e à Corregedoria da PM. A namorada de Vinícius Gritzbach, presente no momento do ataque, também foi ouvida.
Polícia investiga caso do empresário morto no aeroporto de Guarulhos
Os celulares da namorada e dos PMs foram confiscados, assim como dois veículos usados na escolta e um terceiro utilizado pelos atiradores. O caso está sob investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Vinícius Gritzbach foi atingido por tiros de fuzil na área externa do aeroporto, na zona de desembarque. Além dele, dois homens e uma mulher ficaram feridos. Os homens estão internados no Hospital Geral de Guarulhos; a mulher foi atendida e liberada. A SSP confirmou que ela já foi ouvida.
Imagens de segurança e dinâmica do crime
Imagens de segurança capturaram o momento em que um carro para na área de desembarque. Dois homens encapuzados, com coletes à prova de balas e armados com fuzis, descem e abrem fogo quando o empresário se aproxima.
Teriam sido 29 disparos dados e, em seguida, os atiradores fugiram no veículo. Pouco depois do crime, a Polícia Militar encontrou o carro usado na ação.
O tiroteio gerou pânico e correria entre passageiros e frequentadores do aeroporto. Vinícius caiu ainda do lado de fora do terminal, causando tumulto no local.
A vítima
Gritzbach era um jovem corretor de imóveis da Construtora Porte Engenharia quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o “Cara Preta”. Foi a acusação de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, que motivou a primeira sentença de morte contra ele, decretada pela facção.
Depois de sequestrá-lo, os bandidos, no entanto, decidiram soltá-lo. Para a polícia, o motivo era o fato de que só Gritzbach sabia as chaves para o resgate das criptomoedas. Nesse caso, matá-lo seria perder o dinheiro para sempre.
Em setembro de 2023, o empresário negociou um acordo de delação com os promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate (Gaeco). O acordo foi homologado pela Justiça em abril de 2024.
Na delação, Gritzbach falou sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do país, com o futebol e o mercado imobiliário. O empresário também deu informações sobre os assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django.
Em nota, a Porte diz que foi informada pela imprensa sobre a morte de Gritzbach, “com quem não mantém negócios há anos”. E afirma que ele foi “corretor de imóveis na empresa apenas entre 2014 e 2018”.
Eu assisti a entrevista dele com Roberto Cabrini. Ele não era rival e sim suspeito de beneficiar a facção criminosa. No inquérito consta que ele lavou muito dinheiro para o PCC, bem como teve a CORAGEM de “roubar”, e mandar matar dois faccionados. Jovem ingênuo. Cometeu suicídio, mas morreu sem saber.