A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu, nesta sexta-feira, 21, que Deise Moura dos Anjos matou quatro familiares por intoxicação com arsênio em Torres, no litoral gaúcho. Ela foi acusada de envenenar um bolo de Natal que resultou na morte de três mulheres e um homem, além da hospitalização de um menino de 10 anos.
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Em dezembro de 2024, Maida Berenice Flores da Silva, Neuza Denize Silva dos Anjos e Tatiana Denize Silva dos Anjos, filha de Neuza, morreram depois de ingerirem um doce contaminado com arsênio.
Deise depositou o elemento químico na farinha utilizada por sua sogra, Zeli Terezinha Silva dos Anjos, para a confecção do bolo. Zeli e uma criança de 10 anos, que também comeram o doce, foram levados ao hospital. No entanto, ambos já receberam alta médica.
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“Foram identificadas concentrações altíssimas de arsênio nas três vítimas, tão elevadas que são tóxicas e letais”, informou Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias. “Para se ter ideia, 35 microgramas já são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia concentrações 350 vezes maior.”
Três meses antes, o sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, já havia falecido. A causa da morte foi uma infecção intestinal provocada por envenenamento em bananas e leite em pó levados à sua casa pela criminosa. Ele também apresentou intoxicação por arsênio.
Deise dos Anjos terá a punibilidade extinta
A polícia encontrou Deise morta na quinta-feira 13, na cela da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela cumpria, desde 5 de janeiro, detenção provisória. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul trabalha com a hipótese de que ela tenha tirado a própria vida.
“Os policiais penais descobriram que ela estava pendurada no fundo da sela”, afirmou, ao portal BBC News Brasil, o delegado Fernando Sodré. “Ela usou uma camiseta, enrolou essa camiseta e transformou-a numa corda, que a gente chama de jiboia, e se pendurou na grade do fundo da cela e acabou, quando eles acharam, vindo a óbito.”
O Código Penal prevê a extinção de punibilidade em caso de morte do réu. Desta forma, não haverá indiciamento. O Ministério Público Federal deverá, assim, articular pelo arquivamento do processo.
A Organização Mundial da Saúde classifica o arsênio como uma das dez substâncias mais perigosas do mundo no âmbito da saúde pública. O elemento químico é um subproduto tóxico de minérios como cobre, cobalto, níquel, chumbo, zinco e ouro.
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Como uma pessoa sem formação em quimica tinha conhecimento, e onde comprou arsenio? até pra alguém que trabalha como quimico na industria é dificil de conseguir arsenio sem ele ser um dos componentes do processo industrial em que trabalha! Ë muito mais facil acreditar que a Policia decidiu encerrar o caso pra facilitar 2 investigacoes incluindo o “suposto suicidio” e ocultar que na industria quimica de fabricacao da farinha um lote foi contaminado por falha interna e vendido a um cliente, assim nao causariam panico a populaçào e medo de comprar farinha que é o alimento mais consumido no Ocidente.