Mais de 700 criminosos beneficiados com a “saidinha” de Natal foram presos entre 23 de dezembro e 3 de janeiro no Estado de São Paulo. O benefício é concedido a detentos do semiaberto com bom comportamento para visitar as famílias nas festas de fim de ano.
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Balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostra que dos 712 presos, 631 descumpriram regras da saída temporária, ou seja, estavam em local proibido ou não estavam em casa no horário estipulado. Outros 81 detentos foram flagrados ao cometer crimes.
Só na cidade de São Paulo, 259 detentos foram flagrados desde 23 de dezembro ao infringir as regras impostas pela Justiça. Alguns criminosos estavam frequentando a cracolândia, o que é proibido pela Lei de Execução Penal.
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O prazo para os presos beneficiados pela saída temporária retornarem ao sistema prisional terminou às 18 horas da quarta-feira 3. Quem não se apresentou é considerado foragido.
Aproximadamente 33 mil detentos foram liberados no Estado para a “saidinha” de fim de ano. Ou seja, os 712 criminosos que violaram as regras ou cometeram crimes correspondem a 2% do total de beneficiados.
Desde junho, em todo o Estado, mil detentos beneficiados com a “saidinha” foram flagrados ao infringir as normas estabelecidas pelo Poder Judiciário ou ao cometer crimes.
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O número deste ano foi recorde em razão de uma parceria entre a Secretaria de Segurança e a Secretaria de Administração Penitenciária, que permitiu à polícia levar os criminosos diretamente à cadeia mais próxima, sem passar pela delegacia, como era antes de junho.
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Além disso, um acordo de cooperação do governo paulista com o Tribunal de Justiça de São Paulo facilitou o acesso de policiais aos processos dos réus que cumprem a pena fora das prisões. Agora, ainda na rua, os militares sabem quais as regras específicas para a saidinha de cada criminoso. Se o detento estiver descumprindo as cautelares, já é levado à prisão.
“Essa foi mais uma ferramenta implementada ao longo do ano passado pela nossa gestão para coibir a criminalidade e evitar a reincidência criminal”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, por meio da assessoria de comunicação. “Nosso objetivo é garantir a tranquilidade e a segurança da população, porque, além de prejudicar o combate ao crime, a saída temporária ainda causa um sentimento de impunidade à sociedade.”
O secretário também comentou o balanço sobre a ‘saidinha’ em uma postagem no Twitter/X.
Parabéns à Polícia e aos administradores sérios.