A Polícia Federal (PF) encontrou indícios de prática de “rachadinha” no gabinete da deputada da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Lucinha (PSD), aliada de Eduardo Paes, prefeito da capital fluminense.
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A rachadinha consiste em apropriação, pelo parlamentar, de parte dos salários dos assessores. No caso de Lucinha, ao menos 11 servidores estariam recebendo salários menores do que os efetivamente pagos pela Alerj.
A Polícia Federal identificou a possível rachadinha ao analisar documentos apreendidos em operação para apurar indícios de relação entre a deputada e a milícia controlada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho. Lucinha é suspeita de ser o braço político do grupo criminosos. Agentes federais apreenderam documentos na casa e no gabinete de Lucinha.
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Os documentos mostram, segundo a PF, que em alguns casos o funcionário recebia até 60% menos do que o valor pago pela Alerj. Num dos casos, o funcionário deveria receber R$ 9,2 mil, mas o pagamento era de R$ 7 mil. Em outra situação, a assessora tinha salário de R$ 9,4 mil, mas recebia apenas R$ 5,4 mil.
Lucinha já responde a um processo por suspeitas de rachadinha em seu gabinete. Segundo o Ministério Público, entre 2011 e 2015, ela desviou para benefício próprio e de terceiros mais de R$ 173 mil. Este processo tramita na Justiça do Rio e está na fase final.
Deputada Lucinha foi afastada por suspeita de ligação com milícia
A deputada Lucinha, aliada de Paes, está sendo investigada por envolvimento com a milícia. Em dezembro, o Tribunal de Justiça do Rio determinou o afastamento da parlamentar por tempo indeterminado.
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Ela faria parte da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais poderosas e violentas do Rio e com forte atuação na região populosa de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense.
Nas buscas realizadas em dezembro, na casa e gabinete da parlamentar, a PF encontrou documentos que comprovariam que funcionários de Lucinha tinham relação com os milicianos.
Vais estender a mão para ela agora Paes ?