O Brasil executou, neste domingo, 25, a extradição do traficante paraguaio Rodrigo Alvarenga Paredes, de 36 anos. A ação ocorreu sob condução da Polícia Federal (PF).
De acordo com o órgão brasileiro, Paredes, que se apresentava no Paraguai como empresário, é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria enviado 17 toneladas de cocaína para a Europa. Essas movimentações teriam gerado cerca de R$ 3,85 bilhões aos traficantes.
Paredes estava preso no Paraguai desde março do ano passado. Na ocasião, ele foi alvo da Operação Hinterland.
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Sob escolta de agentes da PF, Paredes desembarcou no Aeroporto de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. As autoridades responsáveis pelo caso levaram o traficante paraguaio foi para o sistema prisional do Rio Grande do Sul.
Ele, contudo, não seguirá em presídio gaúcho por muito tempo. Conforme a Polícia Federal, a transferência de Paredes para o sistema penitenciário nacional ocorrerá no decorrer dos próximos dias.
“A Polícia Federal ainda aguarda a extradição de outro estrangeiro investigado na Operação Hinterland, de origem albanesa e preso em Dubai”, afirma a PF, em nota oficial. “Responsável pela distribuição da cocaína no continente europeu.”
Prisão e acusações contra o traficante paraguaio
A prisão de Paredes ocorreu em um hangar na cidade de Luque. Segundo a Secretaria Nacional de Drogas (Senad) do Paraguai, ele é o líder local da organização criminosa. Além disso, recaem sobre ele acusações de ser o responsável por adquirir drogas da Bolívia e da Colômbia e enviá-las ao Brasil.
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De acordo com a Senad, Paredes possuía empresas nos setores financeiro e agrícola, utilizadas como fachada para suas atividades ilícitas de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Depois da prisão, os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência de luxo do traficante, localizada no bairro Los Laureles, na capital, Assunção.
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