Três suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, no último dia 19, foram presos pela Polícia Civil de Pernambuco. O magistrado, de 69 anos, foi morto em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O carro que os criminosos usaram na noite do crime passa por perícia.
A prisão dos três homens foi possível graças a uma operação da polícia, na madrugada desta terça-feira, 24. Eles estavam em uma casa no município do Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife.
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Um dos envolvidos confessou o crime, mas sua versão do fato não convenceu a polícia. Kauã Vinícius Alves da Rocha disse que efetuou os disparos durante uma tentativa de assalto ao juiz, que teria reagido.
![Polícia prende assassinos de juiz](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/10/ReproducaoTV-Guararapes.jpg)
Além de Kauã, a polícia prendeu Esdras Ferreira de Lima e Alcides da Silva Medeiros Júnior. Eles primeiro passaram pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); depois, seguiram para uma audiência de custódia, que resultou na prisão preventiva dos três.
Investigações
De acordo com a delegada Euricélia Nogueira, que estava de plantão na Força-Tarefa de Homicídios na noite do assassinato, a perícia criminal revelou que o juiz morreu com um tiro na cabeça.
A polícia também analisa imagens de câmeras de segurança próximas ao local do crime, que aconteceu por volta das 20 horas do dia 19.
![Polícia prende assassinos de juiz](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/10/Foto-ReproducaoRedes-sociais.webp)
O magistrado estava dentro do seu carro, a cerca de 300 metros de casa, quando os criminosos o cercaram, atiraram e fugiram em seguida.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentou prestar socorro ao magistrado, mas já o encontrou sem vida.
Juiz chegou atuar como desembargador
Paulo Torres Pereira da Silva tinha quase 34 anos de magistratura e atuava na 21ª Vara Cível da Comarca do Recife. O juiz chegou a assumir, por diversas vezes, o cargo de desembargador substituto do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
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Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso prestou solidariedade à família e amigos da vítima. O ministro classificou o crime como “assassinato covarde”.
“Conversei com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, que está em contato com as autoridades locais para apuração célere do episódio e a devida punição dos envolvidos”, comunicou Barroso, em nota.