A Prefeitura de Porto Alegre tomou medidas preventivas diante da ameaça de o Guaíba alcançar 5,4 metros, um nível nunca registrado, nesta segunda-feira, 13. Barricadas com dois andares de sacos de areia, com 1,80 metro de altura, foram construídas na região central, em frente à Usina do Gasômetro.
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As barreiras foram estrategicamente posicionadas na Avenida Presidente João Goulart e na Rua General Salustiano para proteger locais essenciais, como a casa de bombas 16 do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
O equipamento é crucial para a drenagem dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus, que enfrentam alagamentos e estão desativados desde a última segunda-feira, 6. A barreira também protege o local onde se concentram veículos do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil e voluntários, todos envolvidos em operações de resgate.
De acordo com o último relatório do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o aumento significativo do nível do Guaíba ocorreu por causa dos altos níveis dos rios e aos efeitos do vento.
Guaíba supera enchente histórica de 1941, que atingiu Porto Alegre
Desde o início das cheias atuais, o lago já superou duas vezes a marca histórica da enchente de 1941. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que, nesta manhã, o nível do Guaíba já havia atingido 4,94 metros às 13h15, depois de registrar 4,77 metros às 7h — um aumento de 30 centímetros em apenas 12 horas.
Além dos desafios em Porto Alegre, o Estado do Rio Grande do Sul enfrenta condições severas em várias áreas por causa dos temporais que persistem há mais de dez dias. Em Gramado, na Região da Serra, a Rua Henrique Bertoluci teve o asfalto cedido por uma infiltração causada pelas chuvas, o que causou a evacuação dos moradores locais.
A Defesa Civil do Estado já evacuou moradores de seis bairros e cinco localidades no interior. Ao todo, 142 áreas foram afetadas. Em Canoas e Pelotas, foram emitidas recomendações para evacuação de áreas de risco. Na Serra, por sua vez, riscos geológicos causaram deslizamentos, que resultaram em uma morte em Caxias do Sul e danos significativos em Gramado.
O vice-governador, Gabriel Souza (MDB), alertou em entrevista à Globonews para a possibilidade de mais destruição. Com a confirmação de duas novas mortes nesta segunda-feira, o número de vítimas fatais dos temporais e enchentes que assolam o Estado desde o fim de abril subiu para 147, além de 127 desaparecidos e 806 feridos.
O boletim atual da Defesa Civil também registra que cerca de 617 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, das quais 79,5 mil estão abrigadas e outras 538 mil desalojadas, hospedadas com amigos ou familiares.
Medidas preventivas. O povo, quer por iniciativa própria, quer em conjunto com seus representantes eleitos, se cabível, deveria providenciar, com a urgência possível, levando em conta as necessidades de vencer atualmente a calamidade que os prejudica: Abrir um amplo canal de escoamento da Lagoa dos Patos ao oceano, impermeabilizar as margens das represas, para evitar a infiltração de água no solo e subsolo, dragar o leito dos afluentes, dos rios, do estuário, da lagoa, desde o nascimento até a foz. Simultaneamente.
Curioso a Revista Oeste não abordar o assunto motivos do sistema de contenção de enchentes não estar funcionando como deveria, como análises do Poder360….