O Brasil produziu quase 850 mil toneladas de peixes de cultivo em 2021, que incluem tilápia e peixes nativos, como dourado, pacu, pirarucu, entre outros. O resultado foi divulgado pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), na terça-feira 22, e mostra um aumento de quase 5% sobre a produção de 2020.
“A piscicultura é a atividade de produção animal que mais cresce nos últimos anos”, explicou Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR, em um relatório da Peixe BR. “A atividade é extremamente profissional, pois utiliza tecnologias em genética, nutrição e equipamentos.”
Segundo Medeiros, o cultivo de peixes no Brasil conta com mais de 1 milhão de produtores e movimentou R$ 8 bilhões em 2020.
O peixe mais produzido
A tilápia é a mais produzida em cativeiro no Brasil e teve um ótimo desempenho em 2021. De acordo com a Peixe BR, foram produzidas quase 550 mil toneladas do animal no ano passado, aumento de quase 10% em relação a 2020 — que era de quase 500 mil toneladas. Só a tilápia representou quase 65% da produção de peixes de cultivo.
Foram produzidas quase 300 mil toneladas de peixes nativos — pouco mais de 30% do total, representando recuo de quase 6% em relação a 2020. Segundo a Peixe BR, a questão ambiental, a falta de programas oficiais para o apoio ao cultivo e as dificuldades de mercado foram importantes para o mau desempenho na produção dos peixes nativos.
As espécies de carpas, trutas e pangasius foram responsáveis por mais de 5% da produção total de 2021, atingindo quase 45 mil toneladas — quase 20% a mais que em 2020.
Produtores
A região Sul manteve a liderança na produção de peixes de cultivo. Ao todo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul produziram pouco mais de 250 mil toneladas em 2021, o que representa mais de 30% do total do país. Confira abaixo as demais regiões:
- Sudeste: cresceu quase 9%, o equivalente a mais de 150 toneladas — graças a São Paulo e Minas Gerais;
- Nordeste: atingiu pouco mais de 160 toneladas, cerca de quase 20% da população brasileira;
- Centro-Oeste: ficou com mais de 13% — pouco mais de 110 mil toneladas, a região apenas repetiu a mesma quantidade de 2020, sem avanço ou queda;
- Norte: Obteve quase 18%, cerca de 150 mil toneladas — o que representa uma redução de pouco mais de 3% em relação a 2020.
Cenário atual
Conforme a Peixes BR, a atividade de piscicultura nacional foi impactada pela alta do preço das matérias-primas para a alimentação dos animais. Outro fator importante seria a redução do poder de compra da população brasileira, o que dificultou a venda dos peixes — especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
“Não foi um ano fácil para os produtores de peixes de cultivo”, disse Medeiros. “A realidade foi muito diversa nos estados. Alguns mercados encontraram formas de manter ou até elevar os níveis de comercialização e outros enfrentaram mais dificuldades”.O relatório completo pode ser baixado no site da Peixe BR gratuitamente.
É uma boa iniciativa e para prestigiar um produtor local, passei a encomendar dessas tilápias ao açougue onde compro regularmente. Experimentei de diversas vezes como preparar esse peixe, frito, cozido e assado no forno e na grelha da churrasqueira. O danado desse peixe é ruim de preparar e para ficar mais ou menos palatável tem que socar tempero à vontade, se não fizer isso, o peixe não tem nem sabor e nem cheiro, é como se fosse comer isopor. Mas vale a iniciativa.
E esse sujeito aí usando máscara? Esse peixe pega cuvid?
Diz que o português, em visita à Amazônia, foi convidado a comer pirarucú.
Qdo chega a iguaria à mesa, ele pergunta:
– Mas tiraro o cú?
Kkkkk