Um novo ciclone extratropical atua sobre a costa gaúcha e catarinense nesta quarta-feira, 27. Ele intensifica a instabilidade no Rio Grande do Sul, com muita chuva, raios e queda de granizo em parte do Estado.
Setembro passou a ser o mês mais chuvoso em Porto Alegre desde o começo das medições em 1910, com 413,8 mm até às 9 horas de hoje. Assim, superou maio de 1941 (405,5 mm), junho de 1944 (403,6 mm) e abril de 1941 (386,6 mm).
Os temporais causaram alagamentos e inundações em algumas cidades gaúchas. As mais afetadas são em Morrinhos do Sul, Maquiné, Três Coroas, Gravataí, Sapucaia do Sul, Igrejinha, Canoas e Porto Alegre.
Além da preocupação com o acúmulo de água, o ciclone trouxe raios e queda de granizo. De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, isso ocorre especialmente na área central do Estado e na Região Metropolitana de Porto Alegre.
As pedras de granizo tiveram maior diâmetro em algumas cidades. Danos foram registrados em centenas de moradias, casos de Canoas, Gravataí e Faxinal do Soturno.
Ciclone extratropical alaga centro de treinamento do Internacional
O centro de treinamento do Sport Club Internacional ficou alagado com a cheia do Lago Guaíba. A força da água encobriu partes do terreno que pertence ao clube de futebol.
Em outro vídeo é perceptível a força da água com a ventania, formando ondas que invadiram partes da zona sul de Porto Alegre e inundaram umas das principais vias da capital gaúcha, a Avenida Ipanema.
Ar muito quente, associado a enorme massa de ar quente sobre o Brasil que elevou a temperatura por todo o país, como em Minas Gerais, que chegou a 43,5ºC nesta semana, garantiu a energia para a formação de enormes nuvens de tempestade entre o centro e o nordeste do Rio Grande do Sul.
Durante os últimos dias, o território gaúcho registrou uma grande variação de temperatura com marcas à tarde que variavam entre 11ºC no sul gaúcho e até 37ºC no noroeste do Estado.
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