A devastação por queimadas no Brasil atingiu 51,7 mil km² em outubro de 2024, segundo dados do Monitor do Fogo elaborado pelo Map Biomas. Os incêndios atingiram uma área maior que a do país latino-americano Costa Rica (51,1 mil km²).
Houve um aumento de 42% no índice de queimadas em relação ao mesmo mês de 2023. Naquele período, o país registrou a destruição de 36,2 mil km². Apesar disso, há uma redução de 51% comparado a setembro de 2024.
Queimadas são mais frequentes na Amazônia
Em outubro, os incêndios atingiram principalmente o bioma da Amazônia. A região teve danos em mais de 38 mil km². O segundo bioma no ranking de destruição foi o Cerrado, com 9,3 mil km².
No acumulado de 2024, o Brasil registrou uma área devastada por incêndios de 275,6 mil km² de janeiro a outubro. O volume mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2024, com variação positiva de 119%.
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O ano foi marcado por uma seca histórica, fenômeno que o governo Lula usa como justificativa para explicar a sucessão de recordes negativos. O Ministério do Meio Ambiente, aliás, destaca que as secas facilitaram o começo de focos de incêndios.
Essa dinâmica, portanto, explicaria em parte o aumento da área devastada. Nesse sentido, o governo autorizou R$ 500 milhões fora do limite de gastos do marco fiscal para ações de combate às queimadas.
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A meta do governo para 2024 é zerar o déficit primário das contas públicas. Na prática, as receitas precisam ser iguais às despesas. Ou seja, a iniciativa ajuda a equipe econômica a cumprir o objetivo mesmo ao expandir o gasto com medidas emergenciais.