O governo do Rio Grande do Sul confirmou mais duas mortes por leptospirose no Estado. As vítimas são dois homens, de 56 e 50 anos, residentes nos municípios de Cachoeirinha e Porto Alegre.
O homem de Cachoeirinha morreu no dia 19 e o de Porto Alegre no dia 18. A causa das mortes foi confirmada depois de os testes realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) apresentarem resultado positivo.
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Outras duas mortes por leptospirose, relacionadas ao período de enchentes no Estado, ocorreram em Venâncio Aires e Travesseiro, e vitimaram dois homens, de 67 e 33 anos.
Atualmente, há investigações em andamento sobre mais quatro óbitos com suspeita de terem sido causados pela doença, nos municípios de Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí.
Leptospirose e inundações
A leptospirose é uma das principais doenças transmitidas em situações de inundações, e ocorre por exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, especialmente ratos.
Recomenda-se que a população busque atendimento médico imediatamente ao apresentar os primeiros sintomas, que incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares (particularmente nas panturrilhas) e calafrios.
A infecção acontece pelo contato da pele com água contaminada ou através das mucosas.
Os sintomas da leptospirose geralmente aparecem entre cinco e 14 dias após a exposição ao agente infeccioso e podem se manifestar até 30 dias depois.
O tratamento, baseado no uso de antibióticos, deve ser iniciado assim que houver suspeita clínica por um profissional de saúde. Para casos leves, o tratamento pode ser feito em regime ambulatorial, mas os casos graves requerem hospitalização imediata para prevenir complicações e reduzir a mortalidade. A automedicação é desaconselhada.
Neste mês, já foram confirmados 54 casos de leptospirose no Rio Grande do Sul.