O deputado estadual Anderson Moraes (PL-RJ) apresentou um projeto de lei para marcar oficialmente o dia 7 de outubro como Dia Estadual do Combate ao Terrorismo. A proposta foi protocolada na quarta-feira 11, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo o parlamentar fluminense, a medida é uma resposta ao ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, que deixou mais de mil mortos, entre eles bebês. O deputado argumenta que, ao colocar a data no calendário do Estado, “servirá para alertar a população sobre os males realizados por grupos fundamentalistas religiosos, ideológicos e políticos”.
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Em sua defesa ao projeto, ele também cobrou do governo federal uma postura mais rígida perante o Hamas. “Um verdadeiro absurdo tudo isso que está acontecendo”, disse Moraes. “O Hamas não deveria existir. Que gente é essa que não consegue resolver um problema sentado a uma mesa de reunião? Estão aterrorizando e exterminando a população de Israel sem precedentes.”
O deputado, nascido em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, ainda criticou a cerimônia de alguns políticos e meios de comunicação em dar “nome” ao ataque. “O nome disso é terrorismo”, afirmou ele. “Precisa ser dito, sem meias palavras, por todo o mundo civilizado.”
Recentemente, o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, se recusou, mais uma vez, a chamar o grupo Hamas de terrorista. Ele alegou que “essa não é a questão central” do conflito.
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Um projeto de lei polêmico do deputado Anderson Moraes
Em 2021, o deputado estadual Anderson Moraes protocolou um projeto de lei que propunha a extinção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Nesse caso, uma medida que gerou polêmicas. O parlamentar argumentou que a instituição de ensino concentrava “milhões de reais do pagador de impostos numa estrutura pesada e com resultados contestáveis”.
“Um nítido aparelhamento ideológico, com viés socialista”, disse Moraes à época. “A Uerj é um dos órgãos estaduais que causam maior impacto no orçamento estadual”.