Aproximadamente 30 mil presos do regime semiaberto de São Paulo receberam autorização para deixar a prisão na manhã desta terça-feira, 17, na chamada ‘saidinha’. Ao todo, eles poderão passar sete dias em casa.
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Entre os liberados estão criminosos notórios, como Cristian Cravinhos, que participou do assassinato do casal Manfred e Marísia Richthofen, e Lindemberg Alves. Este último manteve sua ex-namorada, Eloá Pimentel, em cárcere privado e, posteriormente, a matou.
Só no Complexo de Tremembé, no interior do Estado de São Paulo, 3,5 mil detentos tiveram liberação. Cristian Cravinhos, do caso Richthofen, de 2002, já solicitou progressão para o regime aberto. Antes de obter essa mudança, ele deve passar por um novo exame criminológico.
O caso de Lindemberg Alves, condenado a 39 anos pelo sequestro e assassinato de Eloá, ganhou grande repercussão, quando ele invadiu o apartamento onde Eloá morava e a manteve refém junto com a amiga Nayara Rodrigues e outros dois colegas de escola. Depois de mais de cem horas de negociação, Lindemberg disparou contra Eloá, que não resistiu aos ferimentos.
Presos de São Paulo que não conseguiram a ‘saidinha’
Outros presos conhecidos, como o jogador Robinho e os empresários Thiago Brennand e Fernando Sastre Filho, não tiveram direito à saída temporária, pois estão no regime fechado. Eles também estão em Tremembé.
A Justiça condenou Robinho, em 2022, por um crime de estupro coletivo, ocorrido em 2013, em uma boate em Milão, na Itália. Já Thiago Brennand recebeu pena de dez anos e seis meses por abusar sexualmente de uma norte-americana, no entanto, depois de revisão, sua pena foi caiu para oito anos.
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Fernando Sastre foi preso em maio, depois de ficar três dias foragido. Ele enfrentará o Tribunal do Júri por homicídio por dolo eventual, depois de dirigir alcoolizado e causar a morte de um motorista de aplicativo. Fernando dirigia a 114,8 km/h quando colidiu com o carro de Ornaldo da Silva Viana.
As saídas temporárias e preocupações
Segundo a regra desta saída temporária, todos os presos devem retornar à cadeia na próxima segunda-feira, 23. Durante a liberdade, os detentos não podem sair de casa entre 20h e 6h nem frequentar festas ou eventos noturnos. Na prática, é quase impossível para a Justiça fiscalizar se todos cumprem as regras
As ‘saidinhas’ permitem que presos do regime semiaberto passem um período com suas famílias. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, a medida visa à reintegração social dos presos. Apesar disso, o órgão reconhece as dificuldades em monitorar todos os beneficiados.
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Qualquer violação das condições impostas pode resultar em sanções, incluindo a regressão para o regime fechado.
Só no Brasil criminosos tiram “férias” da prisão e moram em imóveis pagos pelo povo, no caso de residirem em Brasília.