Quase todo o Estado de São Paulo está em situação de emergência para incêndios, conforme informou a Defesa Civil Estadual nesta segunda-feira, 9. A instituição estendeu, pela segunda vez, o alerta até o próximo sábado, 14.
Até o momento, 15 pessoas foram presas por queimadas em vegetação
no Estado. A Polícia Civil de São Paulo informa que não há relação
entre as ações.
+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste
Os suspeitos foram detidos nas seguintes cidades de São Paulo: Franca, Batatais, São José do Rio Preto, Patrocínio Paulista, Santo Antônio da Alegria, Jales, Guaraci, Pindorama, Salto e São Bernardo do Campo.
A Defesa Civil destacou a importância da conscientização sobre o risco de incêndios florestais. Segundo dados do governo de São Paulo, o número de focos de calor aumentou 386% entre janeiro e agosto deste ano em comparação com 2023.
Mais de 8 mil propriedades rurais queimadas em São Paulo
Desde que as chamas se intensificaram, no final de agosto, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelas queimadas em 317 municípios de São Paulo.
Entre 2 de agosto e 3 de setembro, 245 municípios enfrentaram focos de incêndio, com 48 em alerta máximo. A estiagem prolongada neste mês tem agravado a situação em São Paulo, aumentando os riscos de queimadas.
Para combater os incêndios, o governo do Estado intensificou a parceria com a iniciativa privada, incluindo setores de açúcar, florestal, gás, água, energia elétrica e concessionárias de rodovias, que disponibilizaram recursos para monitorar e combater os focos de fogo.
Na última terça-feira, 3, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e secretários se reuniram no Palácio dos Bandeirantes para discutir o Plano de Contingência da Operação SP Sem Fogo.
A colaboração com empresas será ampliada, podendo abrir caminho para um plano maior de resiliência climática. “A gente aumenta nosso potencial de trabalho”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, o coronel PM Henguel Ricardo Pereira.
“Nosso objetivo é integrar o setor público e o privado, entender as necessidades de cada área e unir a força do Estado com a força da iniciativa privada para trazer boas políticas públicas que ajudem a população”, explicou. “Essa reunião foi emergencial por conta da estiagem bem grave. Vamos nos estruturar e pensar em como agir no futuro.”