Os “super-ricos” gastam mais para viver em São Paulo do que em Miami. A conclusão é de uma pesquisa do grupo suíço Julius Baer, que mostra que a capital paulista subiu para o nono lugar no ranking de cidades mais caras para a elite financeira viver.
A região que concentra as cidades mais caras do mundo é a asiática, segundo a quarta edição da pesquisa “Global Wealth and Lifestyle Report”, publicada pelo Julius Baer.
A liderança é de Cingapura, seguida por Xangai e Hong Kong. É a primeira vez que São Paulo aparece entre as dez primeiras colocadas.
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A cidade de São Paulo vem subindo ano após ano, de acordo com o levantamento. Em 2021, ocupava a 21ª colocação. Já no ano seguinte, pulou para o 12º lugar. E chegou ao 9º lugar neste ano.
Nova Iorque, São Paulo e Miami, juntos, estão entre os dez locais mais caros do mundo. Com isso, a região das Américas passou a figurar como a segunda que mais demanda recursos financeiros para manter o padrão de vida.
A pesquisa mostra de maneira detalhada que a metrópole brasileira tem o custo mais elevado entre todas para o consumo de bolsas femininas, ternos masculinos, produtos de tecnologia, relógios e uísque, por exemplo.
A inflação alça São Paulo para o top 10
Na pesquisa divulgada neste ano, foi identificado que o custo de vida para o “super-ricos” aumentou cerca de 6% em 2022. No Brasil, contudo, o avanço chegou a incríveis 18,4% em 12 meses.
A disparada dos preços internacionais é explicada pela retomada do comércio no pós-pandemia, além da desorganização da cadeia de produção global. A guerra entre a Ucrânia e a Rússia também contribui para que os valores das negociações globais tenham se refletido até para as classes sociais mais altas.