O sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) Roger Dias da Cunha, assassinado durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, em Belo Horizonte, completaria 30 anos em 27 de janeiro, 20 dias depois de sua morte. Ele deixou a mulher e uma filha recém-nascida.
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Roger Dias foi baleado horas antes de completar dez anos de serviço na PM-MG. Ele ficou quase dois dias internado no Hospital João XXIII, passou por duas cirurgias e não resistiu aos ferimentos. A corporação confirmou sua morte no domingo 7.
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Por meio do perfil oficial no Instagram, a Polícia Militar lamentou a morte do sargento. A corporação também divulgou uma nota que presta condolências à família.
Assassino de sargento não havia retornado da “saidinha” de Natal
Welbert de Souza Fagundes, de 25 anos, responsável por disparar à queima-roupa contra o sargento, tem 18 passagens pela polícia. Ele responde por roubo, ameaça e tráfico de drogas, por exemplo.
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O criminoso foi beneficiado pela saída temporária de fim de ano e deveria ter voltado para a prisão ainda em dezembro de 2023, mas descumpriu as regras e estava na rua.
Associação de magistrados diz ser “lamentável” vincular o ataque a tiros com o benefício da “saidinha”
Em nota divulgada no último domingo, a Associação de Magistrados Mineiros (Amagis) disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros à decisão que concedeu o benefício da saída temporária.
De acordo com a entidade, o caso reflete problemas supostamente mais complexos, como a “desigualdade social” e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”.
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“É lamentável vincular a tragédia experimentada pelo corajoso sargento Dias ao juízo que concedeu benefício previsto na Lei”, escreveu Luiz Carlos Rezende e Santos, presidente da Amagis. “Afinal, o ocorrido reflete a sociedade em que atualmente vivemos, cada vez mais violenta, armada e intolerante, recheada de ataques inexplicáveis por trás das redes sociais, não enfrentando os verdadeiros motivos da violência urbana, fruto da desigualdade social.”
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