Grupos se dividem sobre as acusações de Moro, enquanto oposição tenta endossar o discurso de impeachment do presidente Jair Bolsonaro
Diversos senadores reagiram quase instantaneamente ao discurso de Sérgio Moro sobre a saída do cargo de ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro. O Senado se reuniu nessa manhã para votar o projeto que abre linha de crédito especial para pequenas e microempresas em função da pandemia do novo coronavírus.
O senador Alessando Vieira (Cidadania-SE) afirmou que o Congresso irá acompanhar com atenção as interferências na Polícia Federal. O mesmo discurso foi endossado por Major Olimpio (PSL-SP), que reforçou que as ingerências na PF não serão aceitas por ninguém. As possíveis trocas na PF foram os argumentos dados por Moro para deixar o cargo.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), líder da maioria no Senado, compartilhou um texto do deputado do seu partido, Baleia Rossi, pedindo equilíbrio e serenidade nesse momento. “Mais turbulência prejudica o país”, reforçou.
Já a oposição aproveita a crise para abrir o discurso de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Líder do grupo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que iria protocolar o pedido no Congresso. Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o ministro Moro “na verdade apresentou uma delação premiada, implicando o presidente em vários crimes”.