A sobrevivência do piloto Edenilson de Oliveira Costa, depois do acidente de helicóptero em Caieiras (SP), é crucial para a investigação das causas do ocorrido, segundo o assessor-executivo da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), Maurício Pontes.
“Além do milagre de ele ter sobrevivido, como a aeronave não tem caixa-preta, é a entrevista do piloto que ajudará a esclarecer o que aconteceu”, destacou.
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Ainda segundo o assessor, Costa está sob a proteção do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o que possibilita que ele forneça informações detalhadas sobre o ocorrido.
“A sobrevivência do piloto, nesse caso, será importante para a investigação”, disse Pontes. “A informação do piloto narrando tudo do que ele se lembrar é muito importante. O público cobra respostas, mas ela só será dada com o final das investigações.”
Um vídeo divulgado pela Polícia Militar de São Paulo mostra uma criança de 12 anos sendo resgatada pelos bombeiros, na manhã desta sexta-feira, 17. A menina estava em um helicóptero que caiu em Caieiras, na Grande São Paulo, na noite desta quinta-feira, 16. pic.twitter.com/yQsGJvkQpT
— Revista Oeste (@revistaoeste) January 17, 2025
O acidente ocorreu no fim da noite da última quinta-feira, 16. Além de Costa, uma garota de 12 anos, Betina Feldman, sobreviveu. Seus pais, o empresário André Feldman, de 50 anos, e Juliana Elisa Alves Maria Feldman, de 49 anos, morreram. Agentes de salvamento resgataram a dupla sobrevivente em um local de mata.
A investigação do acidente de helicóptero em SP
Ainda não é possível afirmar se o mau tempo foi um fator determinante para a queda do helicóptero. Isso porque a investigação considera múltiplos aspectos, incluindo fatores humanos, materiais e operacionais.
Pontes comparou essa complexidade a um quebra-cabeça com milhões de peças e ilustrou a situação como a de um carro em um dia chuvoso. “Vamos fazer uma analogia com o carro na chuva, que tem freio ABS, estabilizador e está tudo em ordem, mas vem um motociclista e atinge o veículo”, começou. “Havia chuva, mas não necessariamente a chuva contribuiu para aquilo.”
Ainda conforme o assessor executivo da Abrapac, o helicóptero envolvido no acidente é um dos mais seguros e preparados para voar, mesmo em condições meteorológicas adversas.
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“É um modelo robusto e versátil”, explicou. “É um descendente do Esquilo, uma aeronave muito popular, porém mais avançado. Tem o rotor de carga protegido por carenagem, tecnologia embarcada que é padrão da aviação moderna. Basta dizer que é um modelo produzido pela divisão de asas rotativas da Airbus [Airbus Helicopters].”
A investigação prossegue com o objetivo de montar um quadro completo das causas do acidente. A equipe responsável busca entender como as condições meteorológicas, a condição do helicóptero e as ações do piloto se inter-relacionaram momentos antes da queda.