O julgamento sobre o incêndio na boate Kiss, que deixou 242 mortos e 636 vítimas em janeiro de 2013, entra no segundo dia nesta quinta-feira, 2. O júri acontece no Foro Central de Porto Alegre, a partir das 9 horas.
Estão previstos para hoje mais seis depoimentos. Emanuel Almeida Pastl e Jéssima Montardo Rosado devem ser ouvidos pela manhã, enquanto Lucas Cauduro Peranzoni, Érico Paulus Garcia e Gustavo Cauduro Cadore falarão no período da tarde. O juiz Orlando Faccini Neto incluiu uma testemunha do Ministério Público.
O engenheiro Miguel Ângelo Teixeira Pedroso também deve depor nesta quinta. Ele teria desaconselhado o uso de espuma isolante na boate.
Segundo o Ministério Público (MP-RS) e os advogados dos quatro réus do processo, os depoimentos de hoje devem ser menos extensos do que os do primeiro dia. A primeira sessão do julgamento, em que foi ouvida a ex-funcionária da casa noturna Kátia Giane Pacheco Siqueira, durou mais de cinco horas.
“Está acontecendo o que eu imaginava. Um julgamento com depoimentos muito longos e perguntas desnecessárias”, criticou a promotora Lúcia Helena Callegari. “Nós tínhamos uma mulher grávida, que estava cansada, não aguentava mais perguntas repetitivas.”
Outra depoente de quarta-feira 1º foi a jovem Kelen Ferreira, que sobreviveu à tragédia. Ela ficou quase 80 dias internada, amputou parte da perna direita e teve 20% do corpo queimado — sua oitiva durou quase duas horas.
Nesta primeira etapa do julgamento, 14 sobreviventes serão interrogados pelo juiz, pelo MP-RS, pelo assistente da acusação e ainda pelos defensores dos réus.
O julgamento
As sessões do júri vão acontecer todos os dias, com início às 9 horas, no Foro Central de Porto Alegre. As atividades se estenderão, inclusive, aos finais de semana, até por volta das 23 horas. A expectativa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) é que o julgamento dure pelo menos duas semanas.
Um júri formado por sete pessoas decidirá o destino dos acusados. Os quatro réus são Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann (sócios da Kiss) e Marcelo dos Santos e Luciano Leão (integrantes da banda Gurizada Fandangueira).
A pedido dos réus, o julgamento do caso do incêndio na boate Kiss foi transferido de Santa Maria para Porto Alegre. Eles argumentaram que o clima na cidade poderia afetar a imparcialidade do júri.
Com informações do G1
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