A exposição Sonhei em português mostra a imigração como um direito humano. Com curadoria da cineasta Isa Grinspum Ferraz, as obras de arte exibidas no Museu da Língua Portuguesa trazem debates sobre uma das questões sociais mais importantes do século XXI. Os quadros revelam como a experiência dos novos imigrantes é atravessada por meio da língua portuguesa.
Até 12 de junho, o visitante poderá conhecer um pouco mais sobre a vida dos estrangeiros que chegam a São Paulo. Além das imagens, a mostra exibe depoimentos dos imigrantes. Os novos moradores da cidade contam, por meio de instalações visuais e sonoras, sobre a ligação pessoal que conquistaram com a terra que os recebeu.
O título da mostra vem de um dos depoimentos exibidos e alude ao momento simbólico em que o imigrante concretiza sua ligação pessoal com a terra que o recebeu. “As línguas são diferentes porque refletem ideias, valores, conhecimentos e visões do universo diferentes entre si”, disse Isa Grinspum. “Cada língua é uma visão do cosmo, com seus provérbios, suas sonoridades, seus ritmos e sua poética própria. Cada uma delas organiza a seu modo a experiência do mundo.”
A exposição foi dividida em salas para apresentar o tema de diferentes formas:
- um ambiente que mostra as pessoas e as línguas em trânsito;
- um local preenchido por músicas em vários idiomas;
- um espaço dedicado a uma grande obra cinética feita de luzes, sons e movimentos, transmitindo a experiência sensorial de travessia do oceano.