Fortes tempestades de granizo atingiram parte da faixa leste do Estado de São Paulo no fim da tarde até o começo da noite de quarta-feira 9. Cidades da região de Campinas registraram as maiores pancadas de chuva, alguns pontos com granizo, a ponto de haver acúmulo.
O temporal em Campinas foi seguido de um longo período de tempo seco, propício para a formação de água em estado sólido, devido ao choque de baixas temperaturas com nuvens em altas altitudes, conforme explicou a empresa MetSul Meteorologia. Outras cidades paulistas foram atingidas por temporais no entardecer e no início da noite.
As regiões de Piracicaba, Sumaré, Hortolândia, Limeira, Santa Bárbara D’Oeste e Artur Nogueira tiveram menor volume de chuva, mas com ventos fortes e granizo. Houve acúmulo de granizo em trecho da Rodovia dos Bandeirantes, o que obrigou motoristas a pararem por volta de 15 minutos até que conseguissem prosseguir.
De acordo com a Defesa Civil, não há relatos de danos, embora o granizo em alguns pontos tenha caído em enorme quantidade — o que chegou ao ponto de o gelo acumular, e dar aspecto de uma paisagem nevada.
O que causou os temporais de granizo em São Paulo?
A formação de um vórtice ciclônico, que se caracteriza pela baixa pressão nos níveis médios e altos da atmosfera, atuava no fim da tarde de ontem, com chuva nos três Estados do Sul do país. O centro do sistema estava entre o leste do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina.
De acordo com a MetSul Meteorologia, a umidade junto com o ar quente que estava no Estado de São Paulo geraram as nuvens carregadas no fim da tarde e causaram as tempestades de granizo com grande acumulação de gelo.
Imagens de satélite captaram com clareza o vórtice em forma de espiral que girava no sentido horário do centro de pressão. A área de baixa pressão já estava sobre o mar no fim da madrugada e se afastou do continente, ao amenizar os efeitos sob o Sul do Brasil.
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