Um temporal derrubou o telhado do Ginásio Splendor Sports, em Giruá (RS), e provocou a morte de uma mulher, na quarta-feira 15. Além disso, 57 pessoas ficaram feridas.
O acidente ocorreu no bairro Santa Fé. O espaço afetado em Giruá, município no noroeste gaúcho, conta com quadras de vôlei, pádel (esporte que combina elementos de tênis e squash) e futebol society.
Segundo o comandante Airton Juarez Ickert, do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, em entrevista ao portal GZH, os feridos foram encaminhados a um hospital em Giruá. Eles apresentam ferimentos leves.
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O comandante do batalhão disse que precisou chamar “profissionais que estavam de folga para dar conta dos atendimentos”.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, uma das vítimas sofreu ferimentos graves e teve de ser internada no Hospital de Santo Ângelo, a 35 km de Giruá.
Segundo o GZH, a mulher que morreu foi identificada como Isabeli Soardi. Ela era fisioterapeuta e participava de um torneio local de pádel.
Conforme a Folha, as testemunhas disseram aos bombeiros que Isabeli tentou se esconder na área da churrasqueira, mas a estrutura desabou em cima dela.
Estragos do temporal que atingiu o ginásio em RS
O temporal provocou quedas de árvores, de fiação elétrica e alagamentos. Ainda não há informações acerca dos desabrigados na cidade.
De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, a chuva intensa atingiu Giruá por volta das 22h. Além das precipitações, vendaval e granizo foram registrados na cidade gaúcha.
Os Estados da Região Sul sofrem com a chuva frequente desde setembro. O mês foi um dos mais chuvosos da história do Rio Grande do Sul, com dezenas de mortes.
Na segunda-feira 13, o Instituto Nacional de Meteorologia alertou para tempestades em uma faixa que cobre todo o Rio Grande do Sul, a maior parte de Santa Catarina e o oeste do Paraná, além do extremo sul de Mato Grosso do Sul.
Fenômeno relacionado ao temporal
Imagens de satélite publicadas pela MetSul revelam a atuação de um Complexo Convectivo de Mesoescala (CCM) no noroeste do Rio Grande do Sul.
O CCM, conforme a Metsul, é um grande aglomerado circular e de longa duração de nuvens carregadas. Situação que, segundo explicação da empresa de meteorologia, provoca intensas tempestades e tornados.
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Ainda segundo a MetSul, fenômenos como esse ocorrem “geralmente durante a noite e enfraquecem durante o dia”. Em geral, os CGMs “são comuns em meses da primavera e do verão nas latitudes médias da América do Sul sob ar tropical quente, úmido e muito instável”.
Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli.
As normas tecnicas para estruturas metálicas para cobertura (são muitas e não dá para enumerar aqui) devem ser revistas com essas novas situações de ações dos ventos. Os melhores locais que alguém deve procurar num evento desses, são as dependências de pequenas dimensões, como banheiros, vestiários, etc… embaixo das arquibancadas, também é um ótimo local para se proteger.