O treinador de vôlei acusado de crimes sexuais contra adolescentes foi condenado a 60 anos de prisão em regime fechado. A informação foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), responsável pela denúncia, na noite de segunda-feira, 24.
Os crimes cometidos pelo treinador de vôlei ocorreram em São José, na região da grande Florianópolis, em Santa Catarina durante um projeto social esportivo coordenado por uma entidade sem fins lucrativos.
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Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, o treinador de vôlei aproveitava-se da confiança e admiração dos atletas, além dos sonhos deles de se tornarem profissionais, para cometer os abusos sexuais.
As investigações começaram em 2022 e, apesar da condenação, o réu pode recorrer em liberdade. As informações são do jornal G1.
Prisão do treinador de vôlei de Santa Catarina
O treinador de vôlei foi preso preventivamente de 5 de agosto de 2022 a 21 de janeiro de 2023, sendo liberado depois da coleta de provas. À época, o Judiciário de Santa Catarina justificou a soltura devido ao fato de o réu ser primário e não apresentar risco de fuga ou de interferir nas investigações.
A sentença inclui 60 anos de prisão em regime fechado, três anos e nove meses em regime aberto e 100 dias-multa. Ele foi condenado pelos seguintes crimes:
- Quatro estupro de vulnerável;
- Estupro;
- Constrangimento ilegal;
- Fornecer bebida alcoólica a menores;
- Submeter menores a vexame ou constrangimento; e
- Induzir ao uso de drogas.
Denúncias dos atletas
O município de São José mantinha duas “casas-atletas”, onde abrigava 11 adolescentes do sexo masculino e cinco do sexo feminino que participavam do time de vôlei de um projeto municipal coordenado por uma entidade esportiva sem fins lucrativos.
Os jovens ficavam sob a responsabilidade do treinador de vôlei, com procurações dos pais ou responsáveis legais que conferiam a ele poderes para representar os atletas.
Em 2022, depois de denúncias feitas por alguns adolescentes do projeto, foi instaurado um inquérito policial para investigar vários crimes.
As denúncias incluíam importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo, submissão de criança ou adolescente a vexame ou constrangimento e fornecimento de bebida alcoólica a menores.
De acordo com a denúncia, o homem realizava brincadeiras de cunho sexual e convidava adolescentes para passeios não relacionados ao vôlei. Nessas situações ele convencia os jovens a beberem álcool, tornando-os vulneráveis aos abusos sexuais.
Para garantir a impunidade, ele prometia progresso na carreira de jogador ou ameaçava retirar a vítima do projeto.
Como é que este marginal continua solto ????
Condenação em 60 anos à regime fechado, está solto e vai continuar apelando em liberdade. Aos réus baderneiros de 08/01, o rigor da lei (do STF), aos demais, o rigor do código penal e de processo penal.