A autodenominada “grande” imprensa do Brasil deixou os fatos de lado nos últimos tempos. Em contrapartida, passou a dar vez a crenças que ela própria alimenta, como ocorre numa religião. É sobre isso que o jornalista J. R. Guzzo escreve em seu artigo publicado na atual edição da Revista Oeste.
“O público é apresentado, o tempo todo, a um mundo que não existe”
“O resultado básico disso é que o público é apresentado, o tempo todo, a um mundo que não existe. Dizem que está acontecendo uma coisa e acontece outra — ou, frequentemente, acontece o contrário”, afirma Guzzo em trecho do texto que registra mais de 90 comentários até o início da noite desta quinta-feira, 11.
Como exemplo dessa mudança do trabalho da imprensa brasileira, que parece ter se tornado “incapaz de exercer a sua atividade natural”, o colunista e conselheiro editorial da Revista Oeste cita a cobertura feita em relação às eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Ele analisa que, diferentemente do anunciado na mídia, nenhum concorrente da oposição ao governo teve forma nas disputas.
Diante desse caso, Guzzo afirma: “jornalistas não gostam de admitir, nem para si próprios, que perderam a importância”. A íntegra da análise do jornalista está disponível no texto intitulado “A imprensa está virando religião”.
https://revistaoeste.com/revista/edicao-46/a-imprensa-esta-virando-religiao/
Revista Oeste
Diferentemente da “grande” mídia analisada por J. R. Guzzo, a Revista Oeste atenta-se aos fatos. Assim, apresenta em sua atual edição reportagens especiais de Branca Nunes & Artur Piva, Silvio Navarro e Edilson Salgueiro Júnior. Há, ainda, artigos de Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Dagomir Marquezi e Frank Furedi.
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“Cada cabeça uma sentença”, assim se justifica a grande imprensa também! Pois é…
Sim, Adenilson, como você vê, não existe julgamento de mérito, cada um é livre para pensar o que quiser, embora mesmo longe das intenções do fato real.
Essa é uma das características fundamentais para podermos ter chegado aqui; a diversidade de ideias e a pluralidade de possíveis opções.
A interpretação da fala e do escrito, por vezes é absolutamente subjetiva!
Prezado Adenilson, bonito de se atestar como um mesmo texto nos traz emoções diferentes.
Não vi demérito de Guzzo e/ou preconceito em relação a qualquer religião.
O texto afirma sobre a forma que seus fiéis se comportam em relação às suas religiões, em comparação à dos jornalistas em razão das crendices que tentam nos impor.
A comparação é a fé de um lado, por diversos motivos, com a fé do outro lado em conseguir nos fazer convencer da realidade que tentam nos impor!
Entendo a comparação de que a Religião não se prende em primeiro lugar e unicamente aos “fatos” sensíveis; no entanto a postura da grande mídia não se compara com a da religião, uma vez que algumas religiões se baseiam em valores e princípios éticos e, sobretudo, sobre uma Revelação positiva, da qual se deve ater coerente e objetivamente em sua interpretação. A grande mídia não tem qualquer compromisso com a ética e, muito menos, com a coerência; ou seja, ela se apresenta extremamente parcial e cínica! Cuidado com o preconceito com a religião, jornalistas! E olha que gosto muito dos textos da revista Oeste, mas está na hora de superar a má vontade para distinguir devidamente os objetos e métodos da fé de todas as outras esferas do conhecimento.
É claro que as percepções sobre o texto são diferentes, não defendi o contrário; muito menos que alguns religiosos queiram impor as suas crendices para os outros. Outrossim, considero equivocada, inadequada e preconceituosa a assertiva de que “a imprensa está virando religião”, aliás não passa de um ato falho de uma mente que se acha convencida que a religião serviria de um bom exemplo para tudo o que não presta, diria um bom psicólogo!
Eu não entendi isso, diria que ele se referiu à religião conceitualmente, sem entrar no mérito de se é uma boa coisa ou má.
Seria similar a informar que o cotidiano de alguém é similar a um chão de fábrica, sem entrar no mérito do que se é fabricado, apenas levando em consideração a existência de organização, métodos e processos.
Não enxerguei qualquer preconceito mas, tudo bem, cada cabeça uma sentença!