Processo do ‘impeachment’ é caminho praticamente sem volta após decisão da Alerj
Wilson Witzel (PSC), já quase ex-governador do Rio de Janeiro, é o símbolo de um político abandonado. Desconhecido pelo eleitorado fluminense até a campanha de 2018, elegeu-se nas costas da popularidade do presidente Jair Bolsonaro como um nome que salvaria o Estado de um pesadelo sem fim: seus antecessores, além de uma dúzia de políticos, acabaram encarcerados. Mas Witzel decidiu entrar em rota de colisão com o presidente, cuja popularidade cresceu durante a pandemia do coronavírus.
Foi na pandemia, aliás, que o governador foi acusado pelo Ministério Público de crime de responsabilidade por esquemas de desvios na área de saúde. Poucas ilicitudes são tão bem assimiladas pelos cidadãos que pagam altos impostos e sofrem com o desemprego como assaltar hospitais ou roubar merenda escolar, por exemplo.
É fato que uma Casa Legislativa presidida por André Ceciliano (PT) não pode ser séria. Mas os 69 votos a 0 pela continuidade do processo de impeachment indicam um caminho praticamente irreversível. Afastado por 180 dias, Witzel tem como próximo passo enfrentar uma comissão mista, composta dos mesmos deputados que o encaminharam para fora do Palácio Guanabara e desembargadores do Tribunal de Justiça — serão dez votos decisivos.
Isolado politicamente, restou a ele recorrer a um discurso até conhecido — um ex-presidente presidiário já usou esse artifício — ao se comparar a Tiradentes e Jesus. A mudança que o eleitor fluminense tanto esperava não veio. Aliás, por falar em traídos e traidores, é o eleitor do Estado quem deve sentir na pele o peso da injustiça cada vez que vai às urnas.
Vagabundo, Canalha, Traidor do Povo. Jesus foi cricificado ao lado de dois ladrões, mas Jesus não era ladrão. Esse canalha é pior do que um marginal comum. Deveria ser enforcado em Praça pública. Assistam a entrevista de Marcinho VP sobre quem são os verdadeiros marginais que roubam a sociedade. Uma aula de verdade
O único problema causado pela eleição do Bolsonaro foi a eleição de um bando de desconhecidos novos corruptos e oportunistas que surfaram a onda do Presidente.
Pobre do Rio. Um dos mais ricos jogado na mão dos salteadores. E o pior, por enquanto, não dar para enxergar uma solução a vista. Vou me arriscar numa projeção para quem sabe, o Rio, começar a ver uma luz. Um general destes linha dura e ganhar a eleição. Pode ser que coloque ordem na casa. Mas, ainda resta a ALERJ, altamente contaminada e o STF, que podem travar tudo. Ou seja, realmente o Rio, não tem resolução fácil. Mas pode piorar. Caindo nas mãos da esquerda novamente. Abraço aos amigos da Oeste e seus leitores.