O miliciano Luis Antonio da Silva Braga, conhecido por Zinho, está preso no Complexo Penal de Gericinó, na zona oeste carioca, na mesma ala de milicianos rivais e matadores de aluguel. Zinho é considerado o principal líder da maior milícia do Rio de Janeiro.
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Preso em uma unidade de segurança máxima, apesar de isolado, o miliciano tem como vizinhos de cela outros 11 detentos. Desses, oito presos seriam do seu grupo criminoso, outro é representante de uma facção rival, além de dois integrantes do chamado “Escritório do Crime”.
Zinho foi preso na véspera de Natal ao se entregar à Superintendência da Polícia Federal, na região portuária do Rio. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, alguns agentes afirmaram que, quando ele foi preso, houve comemorações em Bangu 9, unidade na qual estão detidos milicianos de grupos rivais.
Zinho na ala de milicianos e assassinos de aluguel
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Os vizinhos de Zinho na cadeia são Leonardo Gouvêa da Silva e Leandro Gouvêa da Silva, conhecidos respectivamente como Mad e Tonhão. Ambos receberam condenação por integrar o “Escritório do Crime”, um grupo de matadores de aluguel que atuava principalmente contra infratores, de acordo com a Justiça.
A pena dos irmãos é de 13 anos e quatro meses por organização criminosa, com participação em ao menos três homicídios, segundo as investigações. Na mesma ala de Zinho está Taillon Alcântara Pereira Barbosa, condenado a oito anos e quatro meses de prisão por organização criminosa.
Além desses, André Costa Barros compõe o restante dos vizinhos do miliciano. André foi detido neste ano depois de iniciar uma disputa contra o próprio Zinho. O conflito deixou 69 mortos na zona oeste do Rio de Janeiro nos primeiros cinco meses de 2023.
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De acordo com as investigações, Zinho assumiu o comando do grupo criminoso em 2021, depois da morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Antes, o líder era outro irmão, Carlos da Silva Braga, conhecido como CL ou Carlinhos Três Pontes. A polícia matou ambos.
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