A atriz Anouk Aimée, um ícone do cinema francês do século 20, morreu nesta terça-feira, 18, em sua residência em Paris, aos 92 anos. A notícia foi confirmada por seu agente e sua família, de acordo com a AFP.
Aimée, estrela de filmes como Um Homem, Uma Mulher; Lola e La Dolce Vita, “faleceu nesta manhã”, informou Sébastien Perrolat, da agência TimeArt. Sua filha, Manuela Papatakis, expressou no Instagram a “imensa tristeza” pela perda da mãe.
Anouk Aimée, nascida Françoise Dreyfus em 27 de abril de 1932, em Paris, era filha dos atores Henri Murray e Geneviève Sorya. Ela teve uma educação diversificada, que incluiu estudos na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial.
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Seu pai era judeu, e ela foi criada como católica por causa da mãe. Quando adulta, Aimée se converteu ao judaísmo.
Ela começou sua carreira no cinema em La Maison sous la Mer (1946) e adotou o nome artístico Anouk, sugerido por Jacques Prévert (1900-1977), poeta e roteirista francês, que trabalhou em importantes filmes, como o Les Enfants du Paradis (1945).
A atriz ganhou renome internacional com o filme Um Homem, Uma Mulher, que recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1966.
Atriz consagrada e premiada durante a sua longa trajetória
Por seu papel nesse filme, dirigido por Claude Lelouch, ela também foi premiada com um Globo de Ouro de melhor atriz e recebeu uma indicação ao Oscar. A melodia Dabadabada do filme tornou-se mundialmente famosa.
Ela ainda foi premiada no Festival de Cannes por sua atuação em Um Salto no Escuro (1980), de Marco Bellocchio, e um César honorário em 2002, o prêmio nacional de cinema da França.
Aimée, além de seu talento, era também conhecida por seus traços marcantes e beleza.
Ao longo de sua carreira, Anouk Aimée trabalhou com renomados diretores, como Federico Fellini, Jacques Demy, Sydney Lumet, Julien Duvivier, George Cukor e Claude Lelouch.