A iraniana Marjane Satrapi foi uma das milhões de mulheres que passaram a ser tratadas como seres inferiores a partir da Revolução Islâmica de 1979. Marjani tinha dez anos de idade, era uma menina livre que gostava de brincar com as amigas, ouvir música pop e assistir séries na TV. De repente os aiatolás barbudos no poder decidiram que ela teria que esconder os cabelos com um pano e esquecer a alegria de viver.
Na adolescência, Marjane fugiu do Irã e foi viver na França. Lá, ela produziu o best-seller em quadrinhos Persépolis. Usa um tom leve e até divertido para mostrar os horrores provocados pela ditadura iraniana, que atingia cada cidadão nos mínimos detalhes de sua vida.
Publicada em 2000, e adaptada para o cinema, Persépolis está cada vez mais atual. Hoje vemos uma aceitação do radicalismo islâmico em manifestações de rua em apoio ao terrorismo do Hamas em cidades da Europa e até do Brasil. E essas manifestações contam com uma quantidade perturbadora de mulheres apoiando o Hamas. Que aliás tem como tutor o regime do Irã e rebaixa as palestinas na faixa de Gaza a cidadãs de segunda classe.