Jim Carrey era um comediante canadense pouco conhecido que havia trabalhado em alguns poucos filmes e uma série de TV chamada In Living Color. Quando em 1994 surgiu a chance de estrelar um filme chamado Ace Ventura Pet Detective (“Ace Ventura, um Detetive Diferente” no Brasil), Carrey percebeu que aquela era sua chance definitiva para fazer sua carreira explodir de vez.
Ace Ventura é uma aventura convencional sobre um detetive especializado em procurar animais desaparecidos. Carrey reescreveu o roteiro com o objetivo específico de mostrar do que era capaz de fazer como ator. E desde os primeiros segundos em cena numa rua de Miami fez o público rir sem controle. Logo estava ganhando 20 milhões de dólares por filme.
A história não tem a menor importância. (O golfinho Snowflake, mascote do time de futebol americano Miami Dolphins, é sequestrado). O que importa mesmo é a demonstração de Jim Carrey de que é capaz de fazer qualquer coisa com seu corpo e com sua cara para nos fazer rir. Durante o filme, ele encaixa imitações de Sylvester Stallone (na absurda cena do hospício), de Sean Connery (quando investiga a mansão de um milionário) e assim por diante.
O personagem gera uma fuzilaria de bordões que fariam a fama de Carrey para sempre: “like a glove”, “all righty, then”, “looo-hooo-zuh-her”. Infelizmente na reta final o filme perde o rumo. A direção é de Tom Shadyak e no elenco estão Courtney Cox (a “Monica” de Friends), Sean Young e o rapper Tone Loc.
Se você nunca assistiu, experimente (pelo streaming do Max). Talvez você odeie. Talvez se vicie para sempre.