Antes de virar um cineasta bem sucedido (Vanilla Sky, Jerry Maguire), Cameron Crowe foi um jornalista precoce especializado em rock. Não tinha completado 18 anos e brilhava nas páginas da publicação mais badalada do gênero, a Rolling Stone. Vivia o sonho de qualquer adolescente da época: excursionava com grandes bandas, acompanhava os shows dos bastidores, convivia com as groupies (conhecidas no Brasil como tietes).
As lembranças desse tempo maluco da vida de Crowe foram resumidas num dos seus melhores filmes: Quase Famosos (2000). Nele, o garoto William Miller (Patrick Fugit), aos 15 anos, é convidado pela Rolling Stone a excursionar com a banda imaginária de hard rock Stillwater para escrever uma reportagem. Entre um show e outro, William tem que aprender a administrar sua paixão pela groupie Penny Lane (Kate Hudson), que por sua vez é louca pelo guitarrista da banda, Russell.
Para complicar ainda mais as coisas, o garoto William precisa lidar com sua mãe “progressista” e ultra controladora (Frances MacDormand). Seu “guru” no jornalismo é o lendário Lester Bangs (Philip Seymour Hoffman) que o aconselha a algo muito difícil – escrever sem paixão e sem envolvimento emocional com toda a mística do rock.
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