Ultraman nasceu na Nebulosa M78, tem 40 metros de altura, pesa 30 mil toneladas e já completou 20 mil anos de idade. Voa cinco vezes mais rápido que o som e corre a 450 quilômetros por hora.
Para o universo da cultura pop, Ultraman nasceu em 1966 como um dos muitos super-heróis japoneses, na linhagem de National Kid, Jaspion e os Changeman. Quase todos eles se dedicam a combater gigantescos monstros interplanetários que atacam Tóquio pisando em seus prédios e cuspindo bolas de fogo. Geralmente são interpretados por atores vestidos como heróis e monstros se movendo em maquetes.
A nova versão de Ultraman é produzida em animação. Conta a história de Ken Sato, um jovem astro do beisebol que fez sucesso nos EUA e volta para o Japão. Ele sabe que carrega o peso de uma responsabilidade – seu pai se transformava no herói Ultraman cada vez que Toquio é atacada por um monstro. Agora Ken Saito é o novo Ultraman, que tem que alternar seu papel de super-herói com sua carreira esportiva (e seu ego inchado de superestrela das quadras).
Ultraman: Rising, dirigido por Shannon Tindle e John Aoshima e escrito por Tinfle e Marc Jaimes, tomou alguns rumos discutíveis. Como durar praticamente duas horas, o que alguns podem achar um exagero. Outro fator contestado por alguns foi ter um momento de fofurice absoluta, ao nível do Teletubbies, na metade do filme, quando Sato/Ultraman tem que cuidar de um monstrinho bebê. Cada espectador vai julgar se esses caminhos foram bons ou não.
Mas é impossível negar que Ultraman: Rising é um triunfo da direção de arte e da técnica de animação. O filme é um doce visual, com sua combinação cheia de classe e sobriedade na combinação de cores, sem a aquarela enjoativa de uma Barbie. Construido a partir de computadores, um personagem como Ken Saito, mesmo caricatural, tem uma humanidade evidente em cada uma de suas ações.
Ultraman: Rising está disponível pela Netflix.
Super heróis da minha geração que agora volta às telas. É como um ressurgimento do The Who cantando a musica Heroes de David Bowel