O bebê que veio do planeta Krypton, não caiu numa região rural dos EUA para virar o Superman. Ele pousou na União Soviética e se tornou um colaborador de Joseph Stalin. Batman não morava em Gotham City, e servia como um sádico defensor da velha ordem stalinista. Lex Luthor, que se casou com Mirian Lane, substituiu John Kennedy como presidente dos EUA. E a Mulher Maravilha virou a mais insuportavelmente chata das feministas.
A animação Superman: Red Son (que ganhou o ridículo título brasileiro de Superman: entre a Foice e o Martelo) é uma animação de 2020 que imagina essa desconcertante realidade paralela. Baseada numa graphic novel da DC, o filme tem aspectos dramáticos, como quando Superman descobre o que a máquina de propaganda de Josef Stalin escondia – a miséria, os gulags, a opressão policial. Essa cena e sua conclusão valem o filme.
Sendo um filme sobre super heróis não podem faltar muitas lutas e explosões. Coerentemente com a época representada, o desenho usa um estilo tradicional de animação 2D. Explora bem as contradições de bom moço de Superman tendo que servir a um regime corrupto e brutal. Seu destino, nas cenas finais, é bem sacado.
Superman: Entre a Foice e o Martelo faz parte do streaming da Max.
Não! O Superman não foi para a União Soviética que nem existe mais, ele está aqui entre nós como comentarista da internet. Ele estreou no Pânica na TV da Jovem Pan. E continua por aí.