O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, disse nesta sexta-feira, 10, que a inflação observada no Brasil se acentuou em virtude da pandemia, que acabou por afetar a economia global. “O preço das commodities disparou em todo o mundo”, explicou o secretário, em entrevista concedida ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan. “Esse problema também é enfrentado pelos Estados Unidos e pela Europa.”
Segundo Costa, as dificuldades econômicas são fruto da diminuição da produtividade. “No Brasil, a produção não precisaria ter caído tanto”, criticou. “Contudo, observamos a turma do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’. Pois bem, agora chegou o momento. Até que as cadeias de suprimento voltem a ficar equilibradas, a inflação permanecerá alta. Quando há aumento da demanda sem a oferta proporcional de bens e serviços, ocorre a inflação.”
O secretário ressalta que o fenômeno observado no Brasil é de natureza passageira. “Temos a inflação sob total controle do Banco Central”, afirmou. “Para que a inflação fosse evitada, as taxas de juros precisariam ser aumentadas, e isso geraria impacto negativo na geração e manutenção de empregos. Então, tomou-se a decisão de evitar medidas como aquela, porque estrangularia a economia e aumentaria o custo do próprio governo federal.”
Investimento externo
Conforme avalia Costa, o país precisa continuar a receber investimento externo, visto que esses recursos possibilitam a expansão da capacidade produtiva. “Diferentemente de outros tempos, o Brasil está entre os principais destinos de investimento estrangeiro direto, que vai para a produção, não para a especulação”, asseverou. “Antes, o país era o paraíso dos rentistas e o inferno dos produtores, como diz o ministro da Economia, Paulo Guedes.”
Impacto das fake news
O secretário explica que a disseminação de notícias falsas acerca de confusões políticas, somadas às fake news sobre a suposta devastação da Amazônia, gera dúvidas na cabeça dos investidores estrangeiros. “É natural, o empresário vive de informações. A mídia tradicional, exceção feita à rádio Jovem Pan, que tem desempenhado um trabalho fantástico de jornalismo, concentra-se apenas nas más notícias”, disse. “A realidade é que as más notícias e as boas notícias existem, mas o Brasil tem predominantemente boas notícias.”
Reformas liberais
Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, o país implementou a Lei da Liberdade Econômica, a Lei do Ambiente de Negócios, o Marco Legal das Startups, o Marco Legal das Telecomunicações, a Lei do Cadastro Positivo, o Marco do Gás e o Marco das Ferrovias. “Essas reformas, que já foram estabelecidas, estão tornando o Brasil ainda mais convidativo para os investidores estrangeiros”, afirmou Costa. “São essas medidas que preparam o ambiente de negócios. Trata-se das reformas liberais que nós defendemos.”
Leia também: “A importância das minirreformas”, artigo de Ubiratan Jorge Iorio publicado na Edição 76 da Revista Oeste
A economia da zona do euro cresceu mais rápido do que o esperado no segundo trimestre, saindo da recessão provocada pela pandemia da Covid-19 conforme as medidas para conter o vírus são relaxadas, enquanto a inflação superou em julho a meta de 2% do Banco Central Europeu. Na América do Sul o Brasil só está atrás da Argentina, da Venezuela e do Haiti. Nossa inflação também é menor do a de Malawi; a do Sudão; a da Síria; a da Bielorussia; a da Eritréia; a de Guiné; do Iêmem; de Serra Leoa; Butão; e Uzbesquistão. A Revista Oeste continua garimpando pessoas que pensam a favor . É realmente: a inflação é um fenômeno Global. Não é incompetência, não são as bravatas que assustam o mercado e causam aumento no dólar, nos combustíveis e na inflação.
JR
jumentóide!