Ações da Gol têm desvalorização de 12% depois de pedido de recuperação judicial nos EUA

As ações da companhia aérea Gol sofrem com a desvalorização depois que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, na quinta-feira 25. Às 15h15 desta sexta-feira, 26, o valor dos papéis da empresa apresentavam queda de 12,58% na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, sendo negociado a R$ 5,63. 

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Apesar disso, o presidente da companhia, Celso Ferrer, disse que o preço dos voos não vai ser reduzido no Brasil. Segundo o executivo, o pedido de recuperação busca garantir que a empresa tenha uma estrutura de capital correta para suas operações.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, a Justiça norte-americana deve aceitar o pedido da Gol. A decisão pode acontecer mesmo que a empresa não tenha muitas operações nos EUA.

Com o pedido de recuperação, a Gol pode ficar atrás das rivais Azul e Latam

O analista Guilherme Mendes, da empresa de serviços financeiros JP Morgan, diz que, mesmo que a Gol afirme que o processo nos EUA não vai afetar suas operações em outros países, a pouca flexibilidade financeira deve gerar um ganho de mercado para suas rivais Azul e Latam, no Brasil. 

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“Mesmo assim, esses ganhos devem ser limitados por causa dos atrasos na entrega de aeronaves de nova geração”, afirmou Mendes. “Isso dificulta que as empresas adicionem capacidade de voo.”    

O pedido de recuperação judicial na Justiça dos EUA foi feito via Chapter 11, no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York. 

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O Chapter 11 é um processo legal utilizado pelas empresas que pretendem levantar o capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais no longo prazo. Isso se dá enquanto as companhias continuam a operar normalmente.

A Gol tem uma dívida de cerca de R$ 20 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões têm vencimento no curto prazo — ou seja, no decorrer dos próximos meses.

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A companhia informou, em nota, que “utilizará esse processo para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo”.