Na última quinta-feira, 28, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, comentou a recente alta do dólar, que atingiu o valor histórico de R$ 6. A variação ocorreu depois de o mercado reagir ao pacote de cortes de gastos proposto pelo governo.
Alckmin, que também é médico, usou uma metáfora ao afirmar que está “faltando acupuntura” para aliviar o “estresse” provocado pela alta do dólar. Durante uma entrevista, o vice-presidente assegurou que a valorização da moeda norte-americana é um fenômeno “transitório”. Ele acredita que a situação irá melhorar com o tempo.
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“Na hora que for ficando claro que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal e que está tomando medidas de curto e médio prazo também, de controle de gastos, essas questões do câmbio vão normalizar”, disse Alckmin ao jornal Folha de S.Paulo.
Alckmin defende medidas de Haddad
O vice-presidente disse que as propostas lideradas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, são fundamentais e tem o objetivo de promover mais justiça tributária no país. As medidas incluem a desoneração de faixas salariais até R$ 5 mil e, potencialmente, até R$ 7 mil.
“Então, você tem dois projetos com objetivos distintos”, disse Alckmin. “Um, cumprir o arcabouço fiscal, déficit zero. O outro é a justiça tributária. Você desonerar as faixas de menor renda e compensar esse valor com faixas maiores.”
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Alckmin explicou que os rendimentos mais altos terão uma contribuição fiscal mais elevada. Essa reestruturação busca equilibrar o sistema tributário, segundo o vice-presidente.
Ele também disse estar confiante na aprovação dessas medidas pelo Congresso Nacional. Alckmin afirmou que o governo tem conseguido bons resultados nas votações recentes.
Enquanto isso, o dólar segue apresentando altas significativas, com um aumento de 3,2% na semana. A moeda norte-americana acumula uma alta de 23,7% no ano de 2024.